11 de maio de 2012 | 13h04
Vestindo traje militar completo e uma barba falsa, e brandindo uma réplica de uma pistola de ouro, ele invadiu o tapete vermelho de Londres de pé em um Lamborghini laranja, com uma roda presa e sendo puxado por um caminhão de guincho.
Baron Cohen, vestido a caráter como o ditador norte-africano que odeia a liberdade General Aladeen, da fictícia República de Wadiya, ele também estava cercado por mulheres de saias curtas, uniformizadas como "guarda-costas".
"Agora, enquanto estou aqui, eu gostaria de conceder asilo político a (Rupert) Murdoch", declarou ele a jornalistas e fãs no tapete vermelho. "Nós também temos rastreamento de celular em Wadiya. Todo mundo que tem um telefone, nós cortamos as mãos."
Sobre a questão do casamento gay, que está nas manchetes esta semana depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, apoiou publicamente o casamento homossexual, Baron Cohen disse:
"Estou muito feliz porque ontem Nicholas Clegg e David Cameron renovaram seus votos e agora eles são o casal mais famoso do mundo gay."
O primeiro-ministro britânico Cameron e seu parceiro de coligação e vice Clegg tentaram relançar seu governo conjunto esta semana, após grandes derrotas nas eleições locais.
Referindo-se à líder alemã, Baron Cohen acrescentou: "Aliás, Angela Merkel, você precisa cuidar de sua aparência. Acho que Merkel seria mais bem-sucedida se fizesse uma mudança de sexo e se tornasse uma mulher."
O comediante de 40 anos de idade criou uma carreira de sucesso adotando personagens ofensivos propensos a pronunciamentos politicamente incorretos com intenção de divertir e ofender.
Internacionalmente, ele é mais conhecido como Borat, o repórter cazaque fictício que viaja para os Estados Unidos no filme "Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América ".
Seus outros personagens conhecidos são o londrino Ali G e o jornalista de moda gay austríaco Bruno.
O General Aladeen é o governante despótico de um país rico em petróleo que é forçado a viajar para os Estados Unidos em uma última tentativa para evitar um golpe de Estado apoiado pela ONU.
As primeiras críticas de "O Ditador", inspirado nas revoltas da Primavera Árabe e nos programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte, têm sido, no geral, positivas.
Chris Tookey do jornal Daily Mail deu a classificação máxima de cinco estrelas para o filme, escrevendo que "'O Ditador' pode ser o filme mais convencionalmente estruturado de Sacha Baron Cohen... na minha opinião é o mais engraçado."
"O Ditador", dirigido por Larry Charles, chega aos cinemas norte-americanos e britânicos em 16 de maio.
(Reportagem de Mike Collett-White)
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