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'Avatar' e morte de Michael Jackson vão marcar 2009

Por JILL SERJEANT
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O inovador filme de ficção científica "Avatar", a morte de Michael Jackson e o fato de Hollywood ter superado os 10 bilhões de dólares nas bilheterias estão entre os momentos mais significativos de 2009, na avaliação do American Film Institute. O advento do Twitter como força promocional no marketing da TV e do cinema, o experimento de redução de custos da NBC com o seu "The Jay Leno Show" e a - na opinião da AFI - perda de limites para os reality shows também foram incluídas na lista de principais tendências, feitos e influências midiáticas de 2009. A AFI qualificou "Avatar", uma animação em 3D do diretor James Cameron, lançada há duas semanas com grande sucesso de crítica e bilheteria, como um "marco na evolução" do cinema. A entidade disse que a mistura de narração e efeitos visuais de "Avatar" "terá profundos efeitos no futuro da forma artística" da realização de filmes. Já a repentina morte de Michael Jackson , aos 50 anos, em junho, foi notável pelo luto global que provocou e pelo "panegírico global sem precedente" do seu filme-ensaio póstumo, "This Is It", segundo o instituto. A lista lembra que musicais e comédias no cinema provaram ser um refúgio para os norte-americanos numa época de crise econômica. Na semana passada, a arrecadação das bilheterias dos cinemas na América do Norte superou pela primeira vez na história os 10 bilhões de dólares em um só ano. Os casos do "menino do balão" - na verdade uma simulação dos pais de que o garoto teria se desgarrado em balões de gás - e do casal de penetras numa festa da Casa Branca mostram, segundo o AFI, que os reality shows ultrapassaram um limite em 2009, "quando o anseio cultural pela celebridade entrou em uma perigosa nova direção". Em ambos os casos, os casais envolvidos desejavam participar de um reality show. Sobre a passagem do programa de Leno para o horário nobre, em setembro, a entidade considerou que se trata de mais um capítulo na transição para programas mais baratos, o que inclui também a fuga da dramaturgia de qualidade da TV aberta para a TV paga. A lista da AFI inclui também o desligamento da TV analógica nos EUA, em junho de 2009, e o cancelamento de duas séries tradicionais que iam ao ar durante o dia, além do "ano extraordinário" para a animação.

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