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Ator Ron Perlman fica melhor atrás de uma máscara

Por BOB TOURTELLOTTE
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Em Hollywood, onde a beleza multimilionária vale contratos multimilionários a atores, Ron Perlman virou astro do cinema não tanto por sua aparência, mas porque fica bem atuando escondido por uma máscara. Perlman, 58 anos, fez sua carreira representando diversos personagens deformados, como fez em "La Guerre du Feu" ("Quest for Fire"), de 1981, até o papel que o tornou conhecido, o da Fera em "Beauty and the Beast" (A Bela e a Fera), na televisão americana. Na sexta-feira ele volta aos cinemas com o personagem baseado em história em quadrinhos Hellboy, de aparência diabólica, corpo vermelho e cauda, em "Hellboy 2 -- O Exército Dourado". A ironia presente em sua ascensão ao estrelato não passa despercebida do ator, de formação clássica. Ele conta que, no início de sua carreira, o fato de trabalhar com o rosto oculto sob maquiagem pesada o ajudou a libertar-se de inibições pessoais, mas que hoje se sente "à vontade em minha própria pele". Mesmo assim, diz Perlman, representar o desleixado, bizarro mas estranhamente inteligente Hellboy é um prazer tão grande que ele não se importa em passar dias debaixo de uma prótese facial elaborada, fazendo o papel. "Hoje já não preciso da máscara tanto quanto antes", contou o ator a jornalistas recentemente. "Então a questão passa a ser 'até que ponto terei prazer em representar um personagem com máscara?"'. "Representar Hellboy é uma honra, porque o coração do personagem é verdadeiramente mítico, legendário e épico. Ele é um personagem fenomenal com o qual passar tempo." De acordo com a história em quadrinhos, Hellboy "nasceu nas chamas do inferno" e foi trazido para a Terra durante a 2a Guerra Mundial, num sinistro projeto nazista. Ainda criança, porém, foi resgatado pelo Exército americano, criado por um brilhante professor universitário e levado para trabalhar para o ultra-secreto Burô de Pesquisas e Defesa Paranormais.

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