Ator Ricardo Darín diz que pandemia desmascarou desigualdade e dano ambiental

Para o ator argentino, aqueles que vivem na pobreza, sem acesso a serviços de saúde, serviços básicos e moradia decente, são os mais vulneráveis ao coronavírus

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Por Redação
Atualização:

O novo coronavírus desmascarou a desigualdade social e os danos ao meio ambiente que assolam o planeta, disse o ator argentino Ricardo Darín nesta sexta-feira, em um diálogo virtual com os colegas Geraldine Chaplin e Luis Tosar na inauguração do Festival Internacional de Cinema do Panamá.

"Essa pandemia, esse confinamento, esse isolamento social, que precisa ser mais austero, nos desmascarou" como uma sociedade, disse Darín, 63 anos, no festival que é realizado virtualmente como consequência das medidas de contenção da COVID-19.

Na sua opinião, "outra grande pandemia que vivenciamos há muito tempo é a da desigualdade de oportunidades e modos de vida".

O ator argentino Ricardo Darín. Foto: Vincent West/Reuters

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Darín está entre as 200 personalidades que assinaram no início de maio um texto que pedindo para que se evite uma "catástrofe ecológica". O texto também foi assinado por Alejandro González Iñárritu, Pedro Almodóvar, Robert de Niro, Jane Fonda, Jeremy Irons, Cate Blanchett, Penélope Cruz e Juliette Binoche, além do ganhador do Prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus.

Para o ator argentino, aqueles que vivem na pobreza, sem acesso a serviços de saúde, serviços básicos e moradia decente são os mais vulneráveis ao coronavírus.

A ocasião, disse Darín, de sua casa em Buenos Aires, também é um "alarme, um alerta que precisa soar dentro de nós para perceber até que ponto estamos fazendo coisas erradas nesse lugar em que vivemos".

Ele lamentou que seja preciso parar em "uma situação tão extrema quanto essa para perceber até que ponto estamos exagerando como sociedade de consumo".

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Até esta sexta-feira, mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas pela COVID-19, das quais mais de 330.000 morreram.

Na América Latina, o vírus avança com velocidade alarmante, principalmente no Brasil, com mais de 20.000 mortes. /AFP

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