Assassino de Van Gogh pertence a grupo terrorista

Mohammed Bouyeri foi acusado formalmente de pertencer a uma célula de terrorismo islâmico supostamente ativa na Holanda

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Procuradoria holandesa acusou formalmente o assassino do cineasta holandês Theo van Gogh, Mohammed Bouyeri, nesta quarta-feira de pertencer à célula de terrorismo islâmico supostamente ativa na Holanda, o chamado grupo "Hofstad". O procurador de Justiça que conduz o caso anunciou a acusação hoje durante a terceira audiência preliminar ao julgamento contra 12 supostos membros do grupo "Hofstad", a ser realizada no júri de segurança máxima de Roterdã. Bouyeri foi condenado na terça-feira pelo júri do Penal de Amsterdã à prisão perpétua, o que segundo a Procuradoria não impede que seja também condenado por sua participação no grupo "Hofstad". A Procuradoria alegou que seria "irresponsável" não acusar Bouyeri por seu suposto pertencimento à organização terrorista pelo fato de que já não pode receber uma pena maior à ditada contra ele. Até hoje Bouyeri não tinha sido acusado formalmente de pertencer à célula terrorista "Hofstad", embora a acusação o considerasse o líder ideológico desse grupo. A Procuradoria também adiantou durante a vista de hoje que o marroquino Nouredine el F., preso em junho passado em Amsterdã, também é acusado de seu suposto pertencimento ao "Hofstad". Nouredine el F., de 22 anos, fugiu supostamente da Holanda em 1º de novembro de 2004, um dia antes do assassinato de Van Gogh. O júri de Amsterdã que condenou a Bouyeri concluiu que a acusação não tinha podido "provar" que supostos integrantes do grupo "Hofstad" tivessem participado da preparação e execução do assassinato de Van Gogh.

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