Argentina busca promover filmes latino-americanos no mundo

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Por Redação
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A Argentina realizará em novembro a primeira edição do "Mercado de Cine de Buenos Aires", que funcionará como uma janela aberta ao mundo para os filmes latino-americanos. No evento, organizado pelo Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (Incaa), produtores de todo o mundo vão se reunir para ter acesso à produção cinematográfica local e regional. "Necessitamos gerar uma demanda internacional sobre nossa ampla oferta criativa e técnica", disse Liliana Mazure, do Incaa, na terça-feira, em uma entrevista coletiva. "As janelas ao exterior de nosso cinema são (os festivais): Berlim, Cannes, Toronto, San Sebastián. São muito bem-sucedidas, mas a participação de nosso setor é seletiva. Precisamos de uma janela latino-americana para o mundo e acreditamos que a Argentina esteja hoje em condições de construí-la", acrescentou. Nos últimos anos, a América Latina protagonizou uma retomada de sua produção cinematográfica, em muitos casos impulsionada por novas políticas públicas que permitiram que o setor marcasse uma forte presença em festivais internacionais. Mesmo com críticas favoráveis e o reconhecimento no exterior, a maioria dos diretores tem dificuldade em lançar comercialmente seus filmes em seus países e em divulgá-los no restante do mundo. A funcionária do Incaa explicou que o Mercado de Cine é um evento comercial a ser realizado em meados de novembro, do qual participarão 200 compradores da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos. Mazure ressaltou que o instituto está em contato com representantes do Mercado de Cinema de Cannes para realizar um projeto conjunto. "O mercado de filmes de Cannes se comprometeu em nos dar, em 30 dias, um prognóstico de como percebe nossa produção, nossa situação e nossa idéia para ver se chegamos a um acordo maior com o qual eles nos dirão qual é a maneira de participar de Cannes", afirmou. Na América Latina, há três grandes cinematografias tradicionais: México, Brasil e Argentina, enquanto que países como Chile, Uruguai, Venezuela, Cuba e alguns da América Central vivem uma renovação e têm lançado filmes de qualidade.

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