Apoiadora de Woody Allen será primeira mulher a presidir Cannes

Após 75 edições, circuito será dirigido pela alemã Iris Knobloch

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Por EFE
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O Festival de Cannes, cuja 75ª edição será realizada em maio, terá pela primeira vez uma presidente mulher, a alemã Iris Knobloch, que assumirá o mandato de três anos em julho e comandará as edições de 2023, 2024 e 2025. Knobloch substituirá o francês Pierre Lescure, que preside o festival desde 2014. A nomeação foi anunciada nesta quarta-feira, ao final da sessão em que o Conselho de Administração de Cannes tomou a decisão.

"A França me dá uma grande honra. Profundamente europeia e tendo sempre defendido o cinema na minha carreira, estou feliz por poder dedicar toda a minha energia à promoção deste evento global", comentou a escolhida em comunicado. Lescure, que deixará o cargo em 30 de junho, disse na mesma nota que quando foi reeleito, em junho de 2020, já tinha dito que queria concluir a sua sucessão antes do final do seu terceiro ano de mandato e que queria que o cargo ficasse nas mãos de uma mulher.

Logotipo do Festival Internacional de Cinema de Cannes Foto: Lionel Bonaventure | AFP

Knobloch, jurista trilingue, passou mais de 15 anos como presidente da Warner Bros na França. Em 2020, ampliou as suas funções para Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Ela foi responsável pelo desenvolvimento e execução da estratégia da WarnerMedia e pela coordenação de todas as atividades comerciais e de marketing do grupo na região.

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Ao longo dos anos no comando da Warner France, levou para Cannes e apoiou alguns dos principais nomes da indústria, desde Clint Eastwood, pelo 25º aniversário de Os Imperdoáveis (1992), a Woody Allen, por Vicky Cristina Barcelona (2008), e Michel Hazanavicius por O Artista (2011). Pouco depois de deixar a empresa, foi cofundadora da I2PO em julho de 2021, a primeira SPAC (empresa listada em bolsa de valores para adquirir uma empresa privada) europeia dedicada ao setor cinematográfico.

"Há muitos desafios. Trabalharemos em conjunto para garantir ao festival e ao cinema que ele encarne o lugar que merece e para afirmar fortemente a sua necessidade artística e política", disse o diretor geral do evento, Thierry Frémaux. EFE

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