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Anjo tenta salvar malandro na comédia francesa 'Angel-A'

Jamel Debbouze é André, um malandro trapalhão que deve uma alta quantia a credores nada amigáveis

Por Alysson Oliveira e da Reuters
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O diretor francês Luc Besson (Nikita) transita entre os mais variados gêneros ao longo de seus quase 30 anos de carreira, passando do drama histórico Joana D'Arc à ficção científica O Quinto Elemento. Recentemente, aventurou-se pelo terreno infantil com Arthur e os Minimoys. Na sexta-feira, 22, chega aos cinemas de São Paulo e Rio com uma comédia, Angel-A. Os dois principais nomes do elenco são Jamel Debbouze (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain) e Rie Rasmussen (Femme Fatale), que interpreta a personagem-título. Debbouze é André, um malandro trapalhão de 28 anos que deve uma alta quantia a credores nada amigáveis. Ele tem até a meia-noite daquele dia para saldar a dívida. Apesar de nascido no Marrocos, o rapaz se considera americano, por possuir um "green card". Por isso, pede ajuda à embaixada dos Estados Unidos - mas nada consegue. Ele também tenta, em vão, que a polícia o prenda, para que ao menos assim ficasse protegido atrás das grades. Bem no momento em que está numa das pontes mais belas de Paris, prestes a acabar com sua vida atirando-se no rio Sena, André encontra outra suicida. Ela é a bela Angela (Rie), uma loira usando um vestido preto minúsculo. Quando ela finalmente pula, ele vai em seu socorro e salva-a. As diferenças entre os dois não são poucas - a começar pela altura: ela é bem mais alta do que ele, e também mais esperta. Quando André diz que ela não devia privar o mundo de tanta beleza, a moça não se deixa levar e garante que por dentro é feia e podre. Eles acabam formando uma dupla improvável que tem uma noite para resolver os seus problemas. Mas as coisas só ficam mais complicadas quando Angela diz ser um anjo que não se lembra de sua vida passada na Terra. Acontece que Angela não é um anjo com a delicadeza habitual de seus pares. Numa jornada em busca de dinheiro para pagar a dívida de André, a dupla visita jogatinas, discotecas, enquanto ela fuma sem parar. Ela também pode ser violenta e capaz de malabarismos quando está numa briga. Filmados em preto-e-branco, com fotografia do colaborador regular de Besson, Thierry Arbogast, os cartões postais de Paris são mostrados por ângulos menos conhecidos. A capital francesa fica parecendo uma cidade desabitada, inteiramente à disposição de André e Angela. O filme foi rodado em dois meses em ordem cronológica, geralmente no final da tarde e início da noite, o que traz uma luz especial para Angel-A -- combinando com o ar etéreo do filme.

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