Angelina Jolie, a nova heroína de Hollywood

A atriz é a estrela do momento nos EUA por seu desempenho no filme baseado no videogame Tomb Raider, em que encarna a arqueóloga Lara Croft

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Angelina Jolie está bem mais próxima de se tornar a maior heroína de ação que Hollywood já teve. A atriz, que ganhou o Oscar de coadjuvante por Garota, Interrompida, é a estrela do momento nos EUA ao encarnar Lara Croft, a arqueóloga do videogame Tomb Raider, cuja versão cinematográrica arrecadou US$ 48,2 milhões em seu fim de semana de estréia no país. Analistas da indústria apostam que Angelina pode ser a primeira mulher a entrar para o time de Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Apesar de já ter contrato para fazer mais dois filmes da série, ela diz ter planos bem mais variados. Angelina trouxe de volta a ousadia ao cinema. Em uma época em que boas moças como Gwyneth Paltrow e Liv Tyler reinavam nas telas, ela chamou atenção em 1998 no papel da modelo lésbica e viciada em drogas Gia Carangi, em um filme para o canal por assinatura HBO. Alvo de tablóides - A filha de Jon Voight, que já havia trabalhado como modelo, não só mergulhou de cabeça em um trabalho considerado arriscado no universo de correção política dos agentes de Hollywood, como também aproveitou para revelar sua bissexualidade. Fazia tempo que não se via uma atriz com potencial de supermodelo, uma boa dose de talento e disposição para fazer suas próprias regras no mercado. Seu excelente trabalho em Garota, Interrompida quase foi eclipsado por seu discurso de agradecimento: a puritana imprensa dos EUA insistiu em interpretar um suposto duplo sentido nas declarações de amor da atriz por seu irmão. O casamento com Billy Bob Thornton (que ela conheceu no set de Alto Controle) virou um assunto paralelo à carreira dela. Sua autoproclamada "obsessão" pelo marido, os costumes pouco convencionais do casal na cama e as declarações bombásticas (ela dorme com facas, cria uma ratazana e tem um vidrinho com o sangue dele pendurado no pescoço) viraram material de primeira para os tablóides americanos. Mas não foi todo mundo que apostou que Angelina poderia tornar o mais bem-sucedido videogame de todos os tempos em um hit das telas. As cinco versões de Tomb Raider, criado pelos irmãos ingleses Adrian e Jeremy Heath-Smith, já tiveram 20 milhões de unidades vendidas em todo mundo e um faturamento de US$ 500 milhões. Angelina disse que quase não aceitou o trabalho com medo de não ser mais levada a sério. "Mas não poderia continuar vivendo assim: até porque eu gosto de Lara Croft", disse à revista americana Entertainment Weekly. Ela também considera a personagem uma exploradora inglesa de mistérios à la Indiana Jones, a mais parecida com ela. "Temos muitas coisas em comum." Sorte da atriz, que vai ter de conviver com Croft por mais alguns anos. A histeria em torno de Tomb Raider, que custou US$ 100 milhões, só deve aumentar. O filme teve a mais ambiciosa campanha promocional já feita pela Paramount, com promoções conjuntas com a Pepsi, Sony, Ericson, Land Rover e Taco Bell. Mas os fãs dos trabalhos menos comerciais de Angelina não devem ficar preocupados: ela já mostrou que tem personalidade de sobra para sobreviver no mercado mesmo com a superexposição que Lara Croft vai trazer nos próximos anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.