Angela, a escolhida do Estadão para integrar júri de Gramado

Concurso do jornal, em parceria com organização do evento, elegeu a assinante que vai julgar o melhor filme do gosto popular da mostra gaúcha

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Por Agencia Estado
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Geralmente quando se pergunta para um cinéfilo qual seu filme preferido, muitas vezes ele responde: "Cidadão Kane", de Orson Welles. É a cinéfila paulistana Angela Marques da Costa que cita esse exemplo, mas, ela mesma, não tem resposta para a fatídica pergunta. "Já pensei nisso, mas não tenho um filme ou diretor predileto. Mas posso dizer que o cinema faz parte da minha vida, desde sempre fez." Angela terá, agora, uma experiência que, pode-se dizer, será extremamente prazerosa para uma fã de cinema: participará do júri popular do 34.º Festival de Cinema Brasileiro e Latino de Gramado. "Acho que vai ser bem puxado, vou ter de assistir a filmes todos os dias. Estou preparada para o que der e vier e tentarei ser muito responsável no meu julgamento", afirma. Pesquisadora em História do Brasil, de 56 anos, Angela enviou de "brincadeira" a resposta à pergunta "Por que me considero apto para fazer parte do júri popular do Festival de Gramado?", como parte do concurso promovido pela organização do evento, em parceria com o Estadão. "Vi o anúncio no jornal, e escrevi de supetão a resposta. Me diverti enquanto escrevia", conta. No início do mês foi lançado o concurso para levar um assinante do Estado, com passagens e despesas pagas pela organização do festival, para participar da mostra no Sul. Ela levou o prêmio. Essa é uma das mudanças deste ano em Gramado: formar um júri popular integrado por seis assinantes de seis grandes jornais do País. De São Paulo, só o Estado foi escolhido. Como se pode ver em seu texto reproduzido abaixo, Angela, moradora de Higienópolis, fez uma criativa brincadeira com títulos de filmes nacionais - impressionando os jornalistas do Caderno 2, responsáveis pela difícil decisão. "Não assisti a todos que citei. Na verdade, brinquei com os nomes mesmo", conta ela, que não passa uma semana sem ir ao cinema ou um dia sem ver um filme em casa - há pouco tempo, conta que reviu o documentário "Edifício Master" de Eduardo Coutinho, e ainda está tocada com a obra. Confira o texto de Angela: "Freqüento cinemas, alugo DVDs, leio sobre; não sou da área, mas também não estou À Margem da Imagem. E como dizem que Deus É Brasileiro, ou antes, que Deus e o Diabo na Terra do Sol habitam, pode bem ser que eu tenha alguma chance neste concurso. Portanto arrisco, jogo os dados em um Lance Maior. Imagino dias puxados, muito trabalho, não serão como os Dias de Nietzche em Turim, mas acredito que fazer parte do júri popular não será nenhum Bicho de 7 Cabeças. E como Gramado não é exatamente uma Cidade Oculta, talvez, entre uma sessão e outra, eu possa ver as Floradas na Serra, nem que seja na Hora da Estrela. Ou ainda, no Limite, pode ser que no Sábado tenha Festa, ou quem sabe um Baile Perfumado - será que lá Eles não Usam Black-Tie? Melhor que eu leve O Vestido... Será que sou Doida Demais, sujeita a um Asyllo Muito Louco? Ou metida a Engraçadinha, um verdadeiro Estorvo? Fico por aqui, e se tudo isso for Cronicamente Inviável, Tudo Bem, Dias Melhores Virão. E assino: nem Amélia, nem Ana Terra, mas Angela."

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