
19 de outubro de 2017 | 12h12
A atriz América Ferrera respondeu no Twitter à convocação do #MeToo (eu também): "A primeira vez que eu lembro ter sido abusada sexualmente eu tinha nove anos".
"Não disse a ninguém e vivi com vergonha e culpa pensando que eu, uma menina de nove anos, era de alguma maneira responsável das ações de um homem adulto", indicou.
Seu testemunho, que publicou nesta segunda-feira, se une aos centenas de milhares que inundam as redes sociais com a etiqueta #MeToo e em outros idiomas -#YoTambien #AMiTambien #MeToo #MoiAussi, #EuTambám.
A convocação foi feita atriz Alyssa Milano no sábado, incentivando as mulheres vítimas de abuso sexual a dar seu testemunho na rede social no contexto do caso Harvey Weinstein.
"Eu tinha que ver este homem diariamente nos anos seguintes, ele sorria para mim e me cumprimentava", contou a atriz, famosa por seu papel na comédia Betty, a feia.
Ferrara, nascida em Los Angeles de pais hondurenhos, pediu que se "rompa o silêncio para que a próxima geração não tenha que viver com esta mentira".
Muitas atrizes romperam o silêncio sobre Weinstein, a quem acusaram de abuso sexual e até estupro.
** Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie acusam produtor de assédio
A campanha demonstrou que os casos não se limitam a este produtor de 65 anos, investigado pela polícia e expulso da Academia de cinema por sua conduta que se remonta a três décadas e era um segredo em Hollywood.
Entre os #MeToo se destacaram também o da cantora americana Lady Gaga e da ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky, que protagonizou um escândalo sexual com o então o presidente Bill Clinton.
** Em vídeo de 2005, Courtney Love já alertava sobre Harvey Weinstein
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