Alec Baldwin deixa político de lado em 'Lymelife'

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Por KA YAN NG
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Se o ator Alec Baldwin algum dia se candidatasse a um cargo político, ele diz que talvez mudasse seu nome para algo mais étnico. "Vou mudar meu nome para um que soe muçulmano", brincou. Mas, falando a sério, Baldwin -- que esta semana está em Toronto com seu novo filme, "Lymelife" -- disse que o governo norte-americano é comandado há anos por homens de ascendência anglo-saxã, como Jimmy Carter, Gerald Ford e Ronald Reagan. O ator, que já falou abertamente de suas aspirações políticas no passado, disse que este ano os eleitores norte-americanos parecem estar abertos para idéias novas, mas que não tem certeza de como ele se encaixaria nisso. Baldwin, 50 anos, costuma expressar suas opiniões sobre temas como o meio ambiente, controle de armas e reforma financeira das campanhas. Ele causou especulações sobre uma possível carreira política este ano quando disse a um entrevistador do programa "60 Minutes" que poderia cogitar isso algum dia. Ele observou que a idéia do ex-ator Arnold Schwarzenegger virar governador da Califórnia foi vista como tolice até ele ganhar o apoio do Partido Republicano. Por enquanto, porém, Baldwin está focado em seu trabalho como ator. Nos últimos anos ele vem sendo elogiado pelo papel cômico do executivo de TV Jack Donaghy no seriado "30 Rock". E ele encontrou tempo para atuar no filme de orçamento pequeno "Lymelife", que estreou segunda-feira no Festival Internacional de Cinema de Toronto. O filme acompanha duas famílias em Long Island nos anos 1970, durante um surto da doença mortal de Lyme. Baldwin faz o mulherengo Mickey, que sonha em virar milionário imobiliário. Ele se esforça para ser um bom pai para seus dois filhos, representados pelos irmãos na vida real Rory e Kieran Culkin, e tem dificuldades em seu casamento. Os meninos sabem que Mickey trai sua mãe, mas eles também amam seu pai e vêem que sua mãe tem seus problemas próprios. O filme explora relações familiares de todos os tipos -- entre pais e filhos, marido e mulher e irmãos -- e inclui elementos de drama e comédia. "Lymelife" levou anos para encontrar financiamento, mas Baldwin e outros continuaram a apoiar o diretor Derick Martini, em parte porque viam a história como sendo muito real e honesta. É o primeiro longa-metragem do diretor, que ganhou reputação de cineasta promissor no festival de Toronto em 1999 com seu "Goat on Fire and Smiling Fish", que ele co-escreveu, produziu e no qual atuou.

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