Advogado pede reabertura do caso Pasolini

Assassinato de Pier Paolo Pasolini em 1975 pode ser reinvestigado, caso a promotoria aceite pedido de advogado da família do cineasta

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Por Agencia Estado
Atualização:

Três décadas depois que um dos cineastas e escritores mais famosos da Itália foi encontrado morto em 2 de novembro de 1975, com evidências de numerosos golpes na praia de Ostia, próxima a Roma, a investigação sobre o assassinato de Pier Paolo Pasolini poderá ser reaberta. O advogado da família de Pasolini, Nino Marazzita, pediu nesta segunda-feira que a promotoria examine as novas afirmações e hipóteses sobre a morte do cineasta, incluídas algumas emitidas pelo sujeito que foi considerado culpado pelo assassinato cometido em 1975, Pino Pelosi. Em uma entrevista divulgada no sábado pela TV estatal Rai-3, Pelosi disse que outras três pessoas, além dele, foram responsáveis pelo homicídio, mas não identificou seus supostos cúmplices. Pelosi havia confessado antes que cometeu sozinho o assassinato. Na TV, ele mudou seu depoimento: "Sou inocente, não matei a Pasolini", declarou Pino Pelosi, que foi condenado em 1979 a apenas 9 anos de prisão pelo assassinato do cineasta, porque era menor de idade. Do contrário, cumpriria pena de 30 anos no cárcere. Em outra entrevista, Sergio Citti, cineasta e amigo de Pasolini, sugeriu que as autoridades italianas queriam se desfazer do intelectual marxista e de suas críticas ao governo. Citti disse que outras quatro pessoas, além de Pelosi, estiveram presentes no assassinato, perpetrado em novembro de 1975, "e que essas quatro poderiam ter sido inclusive policiais ou agentes do serviço secreto".

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