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"A Vida Marinha com Steve Zissou" estréia no Brasil

Com Seu Jorge no elenco, novo e surreal longa de Wes Anderson retrata aventura de oceanógrafo frustrado vivido por Bill Murray Assista ao trailer

Por Agencia Estado
Atualização:

Estréia hoje A Vida Marinha com Steve Zissou, o quarto e mais estranho filme de Wes Anderson. No elenco, uma gaiola de loucos vividos por Bill Murray, Angelica Houston, Owen Wilson, William Dafoe e o cantor brasileiro Seu Jorge. Trata-se de uma comédia fora dos padrões, na qual todas as cenas fazem pouco - ou quase nenhum - sentido. Este é o mais recente e surreal longa do diretor Wes Anderson, após Pura Adrenalina, Três É Demais e Os Excêntricos Tenenbaums. O filme retrata a última aventura marítima de Steve Zissou, um oceanógrafo frustrado com a vida, infeliz no casamento e em busca de um contato mais humano com o filho recém-descoberto, Ned (Owen). Sem muitas experiências em suas viagens ao fundo do mar, Steve parte em busca de vingança contra um suposto tubarão jaguar que matou seu melhor amigo. A tripulação é tão atrapalhada e inexperiente quanto o próprio Steve. Acompanham na façanha o filho, a mulher milionária (Angelica Houston), o amigo carente (Willem Dafoe), uma jornalista grávida (Cate Blanchett estava grávida de verdade durante as filmagens do longa) por quem pai e filho se apaixonam, além de um bando de estagiários em busca de crédito na universidade do norte do Alasca. E para surpresa dos brasileiros, aparece o cantor e compositor Seu Jorge como Pelé dos Santos, especialista em segurança que acalma a tripulação cantando músicas de David Bowie traduzidas para o português. O nome do personagem é uma homenagem ao rei Pelé e a Mané Garrincha, cujo nome era Manuel Francisco dos Santos. As esquisitices do filme começam logo no fundo do mar. Em vez de criaturas normais, Wes Anderson criou um oceano próprio, com água-vivas elétricas, peixes com asas e figuras fluorescentes. Tudo é digital e forçosamente falso. O barco de Steve - o Belafonte - é igualmente estranho, equipado com sauna, estúdio de som, biblioteca e até golfinhos, que Steve não cansa de chamar de burros. Não se pode levar a sério a história. Tudo soa estranho e, por isso mesmo, hilário em alguns momentos. Em especial quando Murray exibe seu rosto apático e sem expressão já conhecido por aqueles que viram Encontros e Desencontros.

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