A cidade oculta que os filmes gostam de revelar

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Por Luiz Carlos Merten - O Estado de S.Paulo
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É um momento mágico - Fernando Alves Pinto desce a Xavier de Toledo rumo ao Teatro Municipal em Tônica Dominante. Lina Chamie criou talvez a mais bela cena para sintetizar São Paulo. Ela não tem função narrativa, só imagem e som (música) que criam um fascínio particular.Grandes diretores têm tentado decifrar o mistério de São Paulo. Em 1964/65, Luiz Sérgio Person e Walter Hugo Khouri refletiram sobre a cidade que se industrializava (São Paulo S.A.) e sobre a vertigem sexual e o vazio existencial dos que ocupavam o topo da pirâmide (Noite Vazia). Khouri terminou seu filme na Praça Roosevelt, que ainda era uma praça, em meio à vegetação que o concreto comeu.A Boca do Lixo de Rogério Sganzerla (O Bandido da Luz Vermelha), o Viaduto do Chá de João Batista de Andrade (O Homem Que Virou Suco), a dança da atriz e bailarina Jura Otero no alto do prédio de Bang Bang, de Andrea Tonacci. A cidade é única e é múltipla vista por seus autores. O centro ganha a preferência. A periferia de Carlos Reichenbach (Anjos do Arrabalde), a fotogenia pós-moderna de Chico Botelho (Cidade Oculta). Só fica faltando uma cena importante na esquina mais famosa de Sampa, a Ipiranga com a São João.Veja trechos de filmes emblemáticos filmados em SP:

Tônica Dominante/2000

São Paulo S.A./1965

Noite Vazia/1964

O Homem Que Virou Suco/1980

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O Bandido da Luz Vermelha/1968

Bang Bang/1971

Pixote, a Lei do Mais Fraco/1980

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Cidade Oculta/1986

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