'A Casa de Alice' retrata vida de classe média baixa

Filme traz Carla Ribas no papel de uma manicure que vive impasse existencial com sua família

PUBLICIDADE

Por Neusa Barbosa e da Reuters
Atualização:

A Casa de Alice, primeiro trabalho de ficção do documentarista Chico Teixeira, traz o surpreendente trabalho da atriz Carla Ribas, no papel de uma manicure que vive um impasse existencial com os integrantes de sua família. O filme estréia nesta quinta-feira, 15, em São Paulo e no Rio de Janeiro.   Veja também: Trailer de 'A Casa de Alice'    Alice (Carla Ribas) é manicure, casada com o taxista Lindomar (Zé Carlos Machado) há 20 anos. O casal tem três filhos, ainda estudantes. O cuidado da casa fica entregue a uma avó (Berta Zemel), mãe de Alice. O dinheiro é pouco, o cotidiano, sacrificado. O afeto já é escasso entre o casal, apesar de algum esforço de Alice para reavivar a relação.   Outros interesses despertam sua atenção. No caso de Lindomar, meninas bem jovens. No caso de Alice, um antigo amor do passado, Nilson (Luciano Quirino), casado com uma de suas clientes (Renata Zhaneta).   Dependentes economicamente dos pais, os filhos escondem alguns segredos. Lucas (Vinicius Zinn), o mais velho, é militar, machista e tem um jeito clandestino de ganhar dinheiro. Edinho (Ricardo Vilaça), o do meio, furta pequenas somas da carteira da avó. Junior (Felipe Massuia), o caçula, é mimado e começa suas primeiras aventuras com as garotas.   Quando a família se reúne, geralmente apenas à mesa, fica bem claro o esfriamento das relações. Diversos conflitos vão desmascarar a verdade de cada um.   O cineasta Teixeira (Criaturas que Nascem em Segredo e Carrego Comigo) realizou uma crônica da vida de uma classe média baixa que, apesar de não passar fome, leva uma existência precária e sem direito a sonhos.   Em seu primeiro papel como protagonista em cinema, Carla Ribas é o ponto alto do elenco. A atriz estreou no teatro depois dos 30 anos e brilhou em peças como A Ver Estrelas, de João Falcão (1995).   No cinema, ela passou praticamente despercebida em pequenas participações nos filmes No Meio da Rua e O Outro Lado da Rua, ambos de 2003.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.