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1000 filmes do Merten: Obras de exceção gratuitas

Embaúba, distribuidora de filmes brasileiros autorais, concedeu para streaming gratuito a sua carteira

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Distribuidora de filmes brasileiros autorais – dizer “de arte” talvez seja um pouco pretensioso, mas muitos são, e grande arte –, a Embaúba concedeu para streaming gratuito a sua carteira. 

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Para assistir é só acessar www.embaubafilmes.com.br/locacao, escolher o título do seu interesse e usar a senha promocional embauba. Está meio em cima, mas você ainda tem três dias para ver filmes ótimos, e de graça. A promoção é de abril e segue até quinta, dia 30, numa iniciativa conjunta da distribuidora com diretores e produtores que querem chegar ao público com suas obras de exceção. No site, o leitor/espectador mantém-se atualizado sobre novas promoções e futuros lançamentos. Algumas pérolas: 

A Vizinhança do Tigre

O longa do mineiro Affonso Uchoa que colocou o cinema de Contagem no mapa e venceu a Mostra Aurora, de Tiradentes, em 2014, entre outros festivais. Um olhar sobre a periferia e os personagens marginalizados que encontram seu lugar de fala frente à câmera. O final é um dos mais belos do cinema brasileiro recente.

Arábia

No Brasil, Affonso Uchoa talvez ainda seja considerado um autor meio secreto, mas os cinéfilos precisam ler o que escrevem sobre ele importantes publicações de língua inglesa, como FilmComment. Para a revista do Lincoln Center, Uchoa é gênio e sua obra em processo faz a súmula das condições/contradições da classe trabalhadora no Brasil. Arábia baseia-se livremente no conto de James Joyce. O diário de uma vida sofrida, a de um trabalhador numa vila operária de Ouro Preto, a oralidade feita riqueza pela prosódia mineira. Codireção de João Dumans, interpretação antológica de Aristides de Souza.

Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos

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No Tocantins, e após a morte do pai, o jovem Ihjãc, da etnia krahô, recusa-se a ser xamã e foge para a cidade. O fantasma do pai o fará reencontrar-se com suas origens. Ficção documental, documentário ficcionalizado. O longa (nas bordas) de 2018 da dupla Renée Nader Messora e João Salaviza oferece uma das mais belas representações do índio brasileiro na tela.

Inferninho

Deusimar, a dona do inferninho, o marinheiro Jarbas, a especulação imobiliária e a poética de Pedro Diógenes e Guto Parente, que subvertem códigos e gêneros numa narrativa meio fantasmagórica, rica em significados e que vale a pena descobrir.

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