Zodíaco e o mistério das mentes criminosas, por David Fincher

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Final da tarde, no canal HBO, 18h15. É hora de assistir ao poderoso Zodíaco, de David Fincher. No ano passado, o longa sobre o serial killer que assombrou São Francisco no fim dos anos 60 integrou a mostra competitiva do Festival de Cannes. Foi criminosamente ignorado pelo júri. Este ano, outro júri cometeu nova injustiça contra Hollywood, deixando de premiar o deslumbrante Two Lovers, de James Gray. O assassino que se auto-intitulava ?Zodíaco? já havia inspirado, no calor da hora, o thriller Perseguidor Implacável - o primeiro Dirty Harry -, de Don Siegel, com Clint Eastwood, em 1972. A versão de David Fincher concentra-se menos nos crimes do que nos efeitos que a caçada infrutífera provoca nas vidas de dois repórteres (um deles também cartunista) e um policial. Como Two Lovers, mas com outro estilo - e outras preocupações -, Zodíaco é magnificamente realizado e interpretado (por Mark Ruffalo, Jake Gyllenhaal e Robert Downey Jr.). Fincher é sempre atraído pelos aspectos sombrios (e destrutivos) da mente humana. Ele começou substituindo Vincent Ward em Alien 3. Zodíaco é sua obra-prima, com Seven - Os Sete Crimes Capitais.

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