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Vivien Leigh, sublime como Blanche no clássico de Kazan

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Em 1951, Marlon Brando já havia feito Espíritos Indômitos, de Fred Zinnemann, que era um diretor de prestígio em Hollywood, mas foi com Uma Rua Chamada Pecado que ele virou mito. O Cinemax reprisa às 23h30 o clássico que Elia Kazan adaptou da peça A Streetcar Named Desire, de Tennessee Williams. No Brasil, a peça é conhecida pela tradução literal, Um Bonde Chamado Desejo. Brando faz o bruto Kowalski e, na época, causou sensação sua T-shirt branca. Na pasmaceira do cinema norte-americano da época, foi um choque ver aquele homem todo músculos - mas Brando não tinha só sex-appeal. Era um grande ator. Mas por melhor que ele seja, e é, a personagem-chave de Uma Rua Chamada Pecada é Blanche Dubois, interpretada por Vivien Leigh. A eterna Scarlett O''Hara de ...E o Vento Levou, premiada com o Oscar de melhor atriz de 1939, recebeu seu segundo prêmio da academia pela extraordinária criação como Blanche, a mais emblemática das heroínas de Tennessee Williams. Blanche representa o que restou da aristocracia sulista. É frágil, refugia-se num mundo de fantasia e entra em choque com o cunhado (Kowalski) ao ir morar de favor na casa da irmã. O filme é maravilhoso, e não só pelo par central.

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