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Versão da Virada Cultural vai reunir cerca de 300 atrações

Maratona de 48 horas começa no dia 5 no Rio e terá shows, teatro, cinema e visuais

Por Roberta Pennafort
Atualização:

Elba Ramalho, Beth Carvalho, Blitz, DJ Marlboro e Rodrigo Maranhão são alguns dos nomes já confirmados na primeira edição do Viradão Carioca, versão da Virada Cultural criada pela Secretaria de Cultura da cidade do Rio. Cerca de 300 atrações - não só de música, mas também de teatro, artes plásticas e cinema - estão programadas para as mais de 48 horas de Viradão, que vai da noite de 5 de junho à do dia 7. A secretária Jandira Feghali, que anunciou a programação ontem, disse que tudo foi organizado em apenas dois meses. O objetivo era realizar os eventos ainda no primeiro semestre, para marcar "uma nova gestão, uma nova política". "Começamos a pensar no início do ano. A inspiração é na virada paulista, mas é completamente diferente. Aqui serão todas as linguagens artísticas, e na cidade inteira", explicou. São quatro os palcos principais: Praça Quinze, no centro da cidade (onde chegam as barcas vindas de Niterói), Cidade do Samba, também no centro, Santa Cruz, na zona oeste, e Madureira, na zona norte. Outros ficarão em bairros sem muitas opções culturais. Eventos ao ar livre - todos de graça - serão levados à Lapa, à Praia de Copacabana e a outros pontos do centro e zona norte. Segundo Jandira, a intenção é ter, nas "áreas populares", atrações que se apresentam normalmente na zona sul - e vice-versa. Blocos de rua que, durante o carnaval, saem na zona sul e centro, irão para a Lona Cultural de Campo Grande (zona oeste). Na vizinha Santa Cruz, serão celebrados nomes como Tom Jobim e Villa-Lobos. Toni Garrido e Sandra de Sá farão um tributo a Tim Maia na Lona Cultural de Santa Cruz; Elza Soares e Farofa Carioca cantarão o repertório de Wilson Simonal na de Vista Alegre. À Cidade do Samba, onde normalmente só se ouve samba-enredo, serão levados outros estilos. O mesmo ocorrerá na quadra da escola de samba Portela, cujo palco receberá grupos de forró e cantores de MPB. A abertura será na Praça Quinze, com Mart?nália, Dudu Nobre e DJs. Na Praça Tiradentes, perto dali, será montada exposição com obras de artistas como Ernesto Neto e Laura Lima. Eventos paralelos, como o festival de música clássica Rio Folle Journée, serão integrados ao Viradão. Para os artistas, é uma forma de chegar a públicos diferentes. "É bom porque tudo fica sempre muito concentrado no centro e na zona sul. Acho bacana. É muito bom virar a noite com música!", disse um animado Jards Macalé, que já lotou o Teatro Municipal de São Paulo às 3 horas da manhã numa edição da Virada. "A Blitz se apresenta desde 1982 pelo subúrbio. Acho esse projeto muito maneiro", contou Evandro Mesquita, outro que também é egresso da Virada Cultural. A prefeitura espera que esta seja apenas a primeira de uma série de edições. "A sala de visita do carioca é a rua. Nosso lema é a cultura como um direito à cidade e ocupar a rua e os espaços públicos é um passo em direção a isso", disse Jandira. Estão sendo investidos cerca de R$ 2 milhões públicos. A TV Globo é parceira, e arcará com parte do pagamento dos cachês dos artistas. Os horários e locais dos shows serão anunciados nos próximos dias. Para os eventos que forem realizados em locais fechados poderá ser cobrado ingresso, informou a secretária, mas os preços serão populares.

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