PUBLICIDADE

Vadinho mais desinibido marca versão de Dona Flor e Seus Dois Maridos

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A versão para o teatro de Dona Flor e Seus Dois Maridos já passara por algumas capitais brasileiras quando chegou a Salvador, no fim de 2007. Lá, o ator e produtor Marcelo Faria decidiu visitar Zélia Gattai, viúva do autor da obra, Jorge Amado. "Ela logo quis saber se eu interpretava o Vadinho pelado. Com a resposta negativa, Zélia me intimou a tirar a roupa", diverte-se Faria que, desde então, exibe a nudez completa em algumas cenas, despertando suspiros femininos, como se comprova no Teatro Faap, onde a peça está em cartaz. Com mais de 125 mil espectadores em 27 cidades, Dona Flor é um sucesso. A história de Dona Flor (Carol Castro) que divide a cama com o espírito do primeiro marido, o fogoso e malandro Vadinho, e com o atual, o metódico e controlado Teodoro (Duda Ribeiro), repete a bem-sucedida versão cinematográfica que Bruno Barreto dirigiu em 1976, com Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. O projeto da peça era acalentado por Marcelo Faria havia alguns anos. Ao lado do amigo e sócio Pedro Vasconcellos, que dirige a montagem, ele conseguiu a liberação dos direitos autorais de Paloma, filha de Jorge Amado. "Entre a captação de recursos e a estreia, no entanto, passaram-se quatro anos", comenta o ator, que tirou proveito do longo período. "Atingi uma idade ideal para interpretar Vadinho, que tem cerca de 35 anos." O cuidado envolveu também outros detalhes da produção. Carol Castro, por exemplo, tomou aulas de culinária. "Esse papel é um dos grandes desafios que eu não poderia deixar escapar." Duda Ribeiro concorda: "A história trata de temas que ainda são atuais, como uma mulher com mais de um companheiro." Até Faria se diverte com as agruras da profissão - como levar um beliscão no bumbum de uma senhora fogosa, no Rio. Serviço Dona Flor e Seus Dois Maridos. 16 anos. Teatro Faap (413 lug.). Rua Alagoas, 903, Higienópolis, tel. 3362-7233. 6.ª e sáb.,. 21 h; dom., 18 h. R$ 80. Até 14/6

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.