Um Dia sem Mexicanos, por um multiartista indisciplinado

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Cartunista, pintor, músico e cineasta, Sergio Arau define-se como um multiartista indisciplinado. Ele é filho do diretor Alfonso Arau, que foi ator de westerns míticos (Meu Ódio Sereá sua Herança, de Sam Peckinpah) e estourou nas bilheterias de todo o mundo com Como Água para Chocolate. Mas Sérgio detesta quando o vinculam a seu pai. Ele diz que sua carreira é tão cheia de assunto que é perda de de tempo vinculá-lo ao velho Alfonso. Sergio Arau dirige o longa Um Dia sem Mexicanos, que passa hoje às 17h45 no Telecine Cult. O filme baseia-se no curta de mesmo nome que o próprio Sergio havia realizado. O ponto de partida não poderia ser mais original. Até por ser mexicano - e ter vivido em Hollywood com os pais -, Sergio sabe perfeitamente o que significa ser mexicano na Califórnia, mais exatamente em Los Angeles. A cidade depende para tudo, especialmente em serviços, dos descendentes de mexicanos. Na fantasia imaginada por Sergio Arau, Los Angeles amanhece um dia sem mexicanos - e pára. A metáfora é clara e o filme, interpretado por Caroline Aaron, Fernando Arau, Yareli Arizmendie e Melinda Allen, possui momentos divertidos, mesmo que a sátira lá pelas tantas, fique diluída.

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