Stevens e Simon são ouvidos em silêncio

Em antigas apresentações para poucos, eles cantam belas canções ao violão

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Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

Um detalhe que chama a atenção nos DVDs Tea for the Tillerman Live (Coqueiro Verde), de Cat Stevens, e Paul Simon Live from Philadelphia (ST2 Video) é o comportamento do público, muito diferente da histeria das plateias dos grandes shows de hoje. Os poucos privilegiados que puderam ver Stevens num estúdio de Los Angeles em 1971 ouvem suas ternas baladas folk num silêncio sepulcral. Acompanhado de dois violões, ele mostra suas melhores canções do período, como Moonshadow, Wild World e Father and Son. Em show menos intimista, de 1980, Simon repassa marcos da carreira, acompanhado de uma boa banda, para uma plateia maior, mas não menos atenciosa. É mais curioso ainda porque o britânico Stevens estava começando a conquistar os EUA e o americano Simon já era um ídolo. Até nos momentos mais suaves, em solos de violão, quando canta American Tune, The Boxer e The Sound of Silence, três de seus maiores hits, não se ouve um pio da plateia. Em ambos os casos, você até releva a má qualidade das imagens. A música (e o som do silêncio) prevalece(m).

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