Solução foi acampar na rua

Para economizar na hospedagem, fãs precisaram improvisar

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Por Pedro Dantas e RIO
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Com histórias de paixões e sonhos, os admiradores de Madonna acamparam e madrugaram no entorno do Maracanã para o show da cantora. A palavra fã tem a imagem da empregada catarinense Cristina Ranthum, de 25 anos, que está acampada do lado de fora do estádio desde o dia 5 de dezembro com o irmão e quatro amigos de Florianópolis. Ela economizou o possível para pagar R$ 600 pelo ingresso na Pista Vip na esperança de um olhar da pop star. "Expliquei para os meus patrões e eles me liberaram, mas tive que economizar em tudo. Usamos os banheiros do Museu do Índio aqui ao lado e comemos no restaurante popular no estádio, que tem refeição a R$1 e café da manhã a R$ 0,35", disse Cristina. O funcionário público Sérgio Ferreira, de 46 anos, e a filha Luzinete, de 16, vieram de avião de Fortaleza para assistir a cantora e também optaram por economizar na hospedagem. "Minha filha é apaixonada por ela, mas não teve que insistir muito, também sou fã", disse Ferreira. Um olhar ou aceno da cantora fizeram as operadoras petroquímicas Eliane Januário,de 29 anos, e Cláudia Oliveira, de 24, irem ao estádio com figurinos dos clipes da cantora. Com vestido branco de noiva, como a cantora aparece em Like a Virgin, Eliane sonhava em ser escolhida para subir ao palco com a cantora. "Diria para ela voltar sempre e até toparia beijar ela na boca", provocou. O show foi uma celebração à amizade para os baianos Marcos Maltes, de 37 anos, e Jocélio Bonfim, de 40, que chegaram às 5h ao estádio. Eles se conheceram em uma excursão ao primeiro show de Madonna no Rio há 15 anos e agora voltaram para comemorar os anos de amizade e a volta da cantora ao País. "O show será uma grande festa, vamos comemorar Madonna e a nossa amizade", afirmou Marcos, que tatuou o rosto da cantora no tornozelo esquerdo. Com um helicóptero, motos e cavalos, 450 policiais militares fazem o patrulhamento na área externa do Maracanã. Sem sucesso, fiscais da Prefeitura tentavam impedir a ação de ambulantes. Até o fechamento desta edição nenhum incidente grave foi registrado.

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