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Simpsons brincam com a TV

Extras do filme da série ironizam American Idol

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Por Ubiratan Brasil
Atualização:

Depois de 19 temporadas seguidas na televisão americana (recorde absoluto), a expectativa era grande para a chegada da série Os Simpsons ao cinema. Os números (US$ 500 milhões arrecadados desde agosto) comprovam o sucesso, que deverá crescer com a chegada agora de Os Simpsons - O Filme em DVD (Fox, R$ 39,90). A história segue o padrão da série televisiva, ou seja, Homer apronta inúmeras peripécias (chega a levar a família para o Alasca baseado no velho sonho americano de conquistar novas terras) até chegar ao ponto de Springfield ser considerada um grave problema para o governo americano, que simplesmente isola a cidade com uma enorme cuba de vidro. Claro que a população se volta contra os Simpsons, obrigando Homer a, mesmo sem querer, buscar a solução. O sucesso da sátira mais ácida da classe média americana está justamente em utilizar o humor negro como combustível. E o filme traz a mesma visão irreverente e crua que provocou torrentes de comentários sobre o declínio da cultura dos EUA. Como o humor não tem fronteiras (tornou-se célebre a visão cáustica apresentada do Rio de Janeiro em um episódio da série, com a cidade repleta de cobras e trombadinhas), os produtores mexeram em um vespeiro quando, durante a divulgação do filme, inventaram a descoberta de um desenho de Homer Simpson ao lado da pintura do Gigante de Cerne Abbas, símbolo do paganismo, em Dorset, interior da Inglaterra, irritando alguns seguidores da crença. Para a divulgação do DVD, a solução foi mais amena, como a inventada entrevista com Marge, a matriarca dos Simpsons. O DVD traz comentários dos roteiristas e do diretor, Matt Groening. Também chamadas promocionais, incluindo O Júri Simpsons no American Idol e O Monólogo do Homer no Tonight Show, que brincam com atrações da TV americana.

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