Sergio Leone e sua revisão crítica da mitologia do Oeste americano

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Segunda parte da trilogia época de Sergio Leone, Quando Explode a Vingança situa-se entre Era Uma Vez no Oeste e Era Uma Vez na América. Na concepção original do diretor, deveria chamar-se Era Uma Vez na Revolução, que foi mudado para Giù la Testa, Levanta a Cabeça, em italiano, e Quando Explode a Vingança, no Brasil. O filme passa às 15h30 no Telecine Cult. Com seus spaghetti westerns, Leone fez a revisão crítica da mitologia do Oeste norte-americano, mas há 40 anos, quando ele estava investindo contra uma dramaturgia tradicional, seus filmes não provocavam o ardor que os acompanha hoje. A trama, aqui, gira em torno de um irlandês, especialista em explosivos - daí o título nos cinemas brasileiros - que se une a camponês, em plena Revolução Mexicana. O encontro improvável leva esses dois homens a mudanças radicais - nas respectivas vidas e no mundo ao redor. Tão importante quanto o diretor e os atores principais, James Coburn e Rod Steiger, é a trilha, compostas por Ennio Morricone. Críticos já definiram os westerns do diretor como operísticos. Ele pensava as cenas com o compositor e muitas vezes decupava - estabelecia os planos - a partir de temas compostos previamente. Grande Leone, grande Morricone. É uma das grandes parcerias músico/diretor da história do cinema.

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