Remorso que aparece depois do ato libertador

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Por Redação
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Os bacharéis que fundaram a República em 1889 sofreram com o remorso. Eles se revoltaram contra a própria atuação histórica, como se estivesse reeditando um complexo de Édipo na história, era a revolta de filhos contra pais. O carioca Luís Martins (1907-1981), jornalista, poeta e crítico de arte, recorre a Freud e Gilberto Freyre para montar a análise central de O Patriarca e O Bacharel, publicado em 1953. Martins retrata os homens que, após instaurarem o regime republicano, passaram a questioná-lo, defendendo até a monarquia e d. Pedro II, representante do patriarca conservador. Ele foi morto simbolicamente pelos filhos da sociedade patriarcal, que se remoem com o ato libertador.

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