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Quadros de oligarca russo e museu ucraniano ficarão na França até resolução de conflito

Obras da coleção Morozov que estavam em exibição na Fundação Louis Vuitton permanecerão mais tempo em Paris, informou ministério da Cultura

Por AFP
Atualização:

Dois quadros da coleção Morozov, entre eles um que pertence a um oligarca russo e outro de propriedade de um museu da Ucrânia, vão "ficar na França", anunciou o ministério da Cultura do país à AFP neste sábado, 9.

O primeiro quadro permanecerá na França "enquanto seu dono, um oligarca russo, siga sendo alvo de um congelamento de ativos", disse o ministério, sem dar o nome de seu proprietário. 

O segundo, que pertence ao Museu de Belas Artes de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, ficará na França "até que a situação no país permita devolvê-lo com segurança".

Mulher observa pinturas de Pierre Bonnard durante visita da imprensa à exibição 'A Coleção Morozov - Ícones da Arte Moderna', na Fundação Louis Vuitton, em Paris, em foto de 15 de setembro de 2021 Foto: Geoffroy Van Der Hasselt/AFP

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Há uma situação particular em relação a uma terceira obra, também vinculada a outro oligarca russo que sofre sanções internacionais. O quadro deveria ser devolvido a uma fundação privada, mas o caso está sendo estudado pelos serviços do Estado, acrescentou o ministério. 

Segundo fontes próximas à coleção, o oligarca é Petr Aven, pessoa próxima ao presidente russo Vladimir Putin.

A coleção Morozov esteve exposta desde setembro até o fim de março na Fundação Louis Vuitton de Paris, uma sala de arte privada. Os quadros estão sendo desinstalados e têm que ser devolvidos aos museus aos quais pertencem.

Ao todo, 200 obras de arte de pintores como Van Gogh, Gauguin, Renoir, Cézanne, Matisse, Bonnard, Monet e Manet, acompanhadas pelas dos artistas russos, formam parte desta coleção, que foi emprestada principalmente por três grandes museus da Rússia, ainda que também haja obras procedentes da Ucrânia e de Belarus. 

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As obras foram colecionadas pelos irmãos Mijail e Iván Morozov desde o fim do século 19. 

Foi a primeira vez que um número tão importante de quadros desta coleção saiu da Rússia para ser exposta em outro país. 

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