Dois quadros da coleção Morozov, entre eles um que pertence a um oligarca russo e outro de propriedade de um museu da Ucrânia, vão "ficar na França", anunciou o ministério da Cultura do país à AFP neste sábado, 9.
O primeiro quadro permanecerá na França "enquanto seu dono, um oligarca russo, siga sendo alvo de um congelamento de ativos", disse o ministério, sem dar o nome de seu proprietário.
O segundo, que pertence ao Museu de Belas Artes de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, ficará na França "até que a situação no país permita devolvê-lo com segurança".
Há uma situação particular em relação a uma terceira obra, também vinculada a outro oligarca russo que sofre sanções internacionais. O quadro deveria ser devolvido a uma fundação privada, mas o caso está sendo estudado pelos serviços do Estado, acrescentou o ministério.
Segundo fontes próximas à coleção, o oligarca é Petr Aven, pessoa próxima ao presidente russo Vladimir Putin.
A coleção Morozov esteve exposta desde setembro até o fim de março na Fundação Louis Vuitton de Paris, uma sala de arte privada. Os quadros estão sendo desinstalados e têm que ser devolvidos aos museus aos quais pertencem.
Ao todo, 200 obras de arte de pintores como Van Gogh, Gauguin, Renoir, Cézanne, Matisse, Bonnard, Monet e Manet, acompanhadas pelas dos artistas russos, formam parte desta coleção, que foi emprestada principalmente por três grandes museus da Rússia, ainda que também haja obras procedentes da Ucrânia e de Belarus.
As obras foram colecionadas pelos irmãos Mijail e Iván Morozov desde o fim do século 19.
Foi a primeira vez que um número tão importante de quadros desta coleção saiu da Rússia para ser exposta em outro país.