Projeto grátis instrumental chega hoje a Ribeirão Preto

Produtor leva espetáculos instrumentais a cidades do interior paulista

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Por Brás Henrique e RIBEIRÃO PRETO
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Apaixonado por música instrumental brasileira, o produtor João Silveira iniciou, há oito anos, em Jundiaí, um projeto que, a cada ano, abrange uma nova cidade, e hoje chega a Ribeirão Preto. Sorocaba (pelo sexto ano), Itatiba (segundo ano), Atibaia (primeiro) já receberam espetáculos do gênero. Americana e São José dos Campos estão nos planos para 2009. E são gratuitos, graças às empresas que patrocinam os eventos pela lei de incentivo que destina parte do ICMS aos projetos aprovados pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Com o Ribeirão Instrumental, Silveira diz que inicia nova fase e que quer criar um circuito anual. "Sonho fazer giro por 20 cidades." Os nomes dos eventos são diferentes e a idéia é mesclar música clássica com instrumental, o que já ocorre em Jundiaí com o Concertos Astra Finamax, que leva o nome dos dois patrocinadores. Em Sorocaba é o Espetáculos Finamax. Os mesmos patrocinadores bancam as atrações em Itatiba e Atibaia. Com o evento de Ribeirão Preto, patrocinado pela Segmenta, Silveira pretende dar a nova guinada. "A idéia é ser mais abrangente para buscar mais patrocinadores." A intenção de criar um circuito surgiu há dez anos, quando um músico brasileiro falou de sua turnê com orquestra por 40 cidades da Alemanha. Em Ribeirão Preto, a primeira atração será o gaitista Gabriel Grossi, hoje, às 20 h, na Esplanada do Theatro Pedro II, com Arapuca, um dos espetáculos musicais da 8ª Feira Nacional do Livro. Em 19 de setembro, o Grupo Pau-Brasil contará com a participação do pianista Nelson Ayres, no Municipal. E, em 28 de novembro, o violonista Yamandu Costa apresentará o show Lida, no Pedro II. O ingresso é um quilo de alimento não perecível, que será doado ao Fundo Social de Solidariedade municipal. A captação de recursos pela lei estadual é mensal, mas, a partir de 2009, Silveira planeja enquadrar os projetos na Lei Rouanet, baseada no Imposto de Renda das empresas. O produtor, que já trabalhou com música popular, aposta no potencial da instrumental. "É uma música mais apurada, mas não elitizada, é para todas as pessoas", conclui Silveira.

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