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Polanski leva o espectador pela mão em O Bebê de Rosemary

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Por Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

São raros, mas há filmes que permanecem, e se tornam clássicos em seu gênero. No suspense, podemos citar uns poucos títulos, O Iluminado, de Kubrick, ou O Bebê de Rosemary, de Polanski, atração de hoje às 15h45 no Telecine Cult. É o tipo de filme que todo mundo conhece, nem que seja de ouvir falar e quem gosta não se cansa de rever. Mia Farrow é a recém-casada Rosemary, que se muda com o marido (John Cassavetes) para um prédio um tanto soturno, o Edifício Bramford, em Nova York. Cassavetes é Guy, um ator com carreira empacada que, subitamente, consegue o papel que deseja, pois o concorrente ficou cego de maneira misteriosa. Polanski, diretor de mão certeira, vai distribuindo pistas para o espectador. Mas este não consegue decidir se Rosemary está sendo vítima de uma trama diabólica ou tudo não passa de imaginação de uma grávida insegura. Mia está de cabelinho curto, magra, o que a torna, aos nossos olhos, ainda mais frágil e comovente. Tudo no filme funciona, da ambivalência de Guy ao desvelo seboso dos vizinhos mais velhos, que cercam Mia de cuidados. Quando o filme foi lançado, no longínquo 1968, estabeleceu-se um debate: viam-se mesmo os olhos do demônio em determinada cena ou a ilusão era causada pelo medo do espectador? Confira.

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