Pinacoteca exibe as obras doadas pelo Credit Suisse

No prédio da Estação, museu expõe suas novas 15 peças contemporâneas

PUBLICIDADE

Por Camila Molina
Atualização:

No fim do ano passado, o banco Credit Suisse propôs à Pinacoteca do Estado a doação de R$ 1 milhão (por meio de leis de incentivo federal) para que o museu adquirisse conjunto de obras contemporâneas. O resultado dessa iniciativa pode ser visto em mostra que será aberta hoje, para o público, no 4º andar da Estação Pinacoteca, prédio que sofreu roubo na quinta passada. Pelo programa, foram adquiridas pelo museu 15 obras de Beatriz Milhazes, Caetano de Almeida, Carlos Zílio, Carmela Gross, Daniel Senise, Efraim Almeida, Ivan Serpa, Marepe, Rosângela Rennó e Valeska Soares. A escolha da vertente contemporânea foi do próprio banco, que pretende repetir a ação também neste ano para que se forme ''uma coleção do Credit Suisse no nosso acervo'', como afirma o diretor da Pinacoteca, Marcelo Araujo. Segundo ele, dentro da vertente contemporânea, a equipe do museu selecionou obras de referências mais históricas, como um guache concretista de Ivan Serpa e trabalho de Carlos Zílio de 1974. Ainda não há no orçamento do museu, órgão da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, verba para aquisição de obras. Também na segunda-feira, quatro dias depois do roubo na Estação Pinacoteca, o museu teve outra doação importante: recebeu a pintura Rebelião dos Peixes, de 1999, de Thomaz Ianelli (1932-2001), da viúva do artista, Célia Ianelli. ''Essa doação ocorreu em um momento feliz de reconhecimento do trabalho do museu'', acrescenta Araújo. C.M. NO OUTRO PRÉDIO: O artista Luiz Hermano acaba de abrir no edifício da Pinacoteca, na Praça da Luz, a mostra Templo do Corpo, formada por obras escultóricas que remetem a entidades mitológicas e de deuses. ''É um templo porque não são corpos, mas carcaças'', informa Hermano, que criou durante três anos as obras desta exposição a partir da memória e das experiências ''espirituais'' em viagens por lugares como a Índia e o Camboja. A vertente lúdica da produção do artista, que usa elementos do cotidiano diversos em seus trabalhos, está lá, mas as novas peças ganham nesta exposição uma carga mais etérea. Serviço Arte Contemporânea Brasileira - Doação Credit Suisse. Estação Pinacoteca. Largo General Osório, 66, tel. 3337-0185. 3.ª a dom., 10 às 18 horas. R$ 4 (sáb. grátis)Luiz Hermano. Pinacoteca do Estado. Praça da Luz, 2, tel. 3324-1000. 3.ª a dom., 10 às 18 horas. R$ 4 (sáb. grátis). Até 10/8

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.