Paulínia, o interior na fita em julho

Na 1.ª edição, evento faz parte de plano para desenvolver essa arte no Estado

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Por Flavia Guerra
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Os mais pessimistas podem questionar: ''Mais um festival de cinema? O Brasil já tem centenas. Para que servem?'' Se depender dos criadores do 1º Festival Paulínia de Cinema, serve para abrir uma porta ao público do interior paulista. ''Essa mostra é para abrir mercado e formar o espectador que quer ver cinema nacional de qualidade'', comentou o coordenador, Ivan Melo, ao anunciar, ao lado da secretária de Cultura Tatiana Quintella, a criação do festival, que terá a primeira edição de 4 a 12 de julho. ''O público paulista tem poder aquisitivo e quer ver a produção nacional. Só não tem acesso. Paulínia, por exemplo, não tem cinema'', disse o diretor e curador Rubens Ewald Filho. ''Por ora, o espectador de Paulínia só pode ver filmes nacionais na nossa mostra, que está na terceira edição e exibe seleção dos melhores do ano'', disse Tatiana. O esforço em transformar Paulínia em pólo cinematográfico passa pela criação de uma Film Comission e de uma escola de cinema. O festival, que distribuirá R$ 650 mil em prêmios, é a cereja deste bolo. A abertura, em 4 de julho, marca a première de Mistério do Samba, de Lula Buarque de Hollanda, Carolina Jabor e Marisa Monte, que seria exibido em Cannes (no Cinema na Praia), mas teve a sessão cancelada pelo mau tempo. Há outras estréias como Encarnação do Demônio, de José Mojica Marins, e Feliz Natal, do Selton Mello. A competição inclui ainda Onde Andará Dulce Veiga, de Guilherme de Almeida Prado; e Pequenas Histórias, de Helvécio Ratton. ''Conseguimos títulos importantes não só porque a premiação é em dinheiro, mas por pensamos no cinema como atividade econômica a longo prazo'', concluiu Tatiana. A repórter viajou a convite da organização do festival

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