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Orfeu e Eurídice dançando na festa de São João

Centro Tom Jobim realiza no Teatro São Pedro montagem ''''abrasileirada'''' de opereta de Offenbach

Foto do author João Luiz Sampaio
Por João Luiz Sampaio
Atualização:

É a paródia da paródia da paródia. No começo, havia a lenda de Orfeu, o músico e poeta que desceu ao Inferno para pedir aos deuses que lhe devolvessem sua amada Eurídice. Em 1865, o compositor Jacques Offenbach criou uma opereta em que Eurídice não agüenta mais o violino do marido que, por sua vez, fica feliz da vida ao ver a mulher descer ao Inferno. Três anos depois, apareceu o brasileiro Francisco Vasques, que pegou os personagens de Offenbach e os aclimatou à realidade brasileira, transformando Orfeu em Zeferino Rabeca e encerrando a trama em uma grande festa de São João. Agora, chegou a vez dos músicos do Centro Tom Jobim, que pegam o libreto de Vasques, utilizam a música de Offenbach e tomam algumas liberdades próprias para criar o espetáculo Orfeu no Inferno - A Paródia. A montagem, que estréia hoje no Teatro São Pedro, é o novo resultado do projeto Ópera Estúdio, um dos mais interessantes a surgir na ópera paulistana nos últimos tempos. Alunos compõem a orquestra, estudantes de canto são os solistas, cenários são feitos por alunos do Instituto Tomie Ohtake e, os figurinos, por estudantes de Moda da Faculdade Santa Marcelina. A idéia é formar profissionais para a ópera, oferecendo a eles oportunidade de desenvolver o primeiro trabalho sob a direção de especialistas, como os diretores Mauro Wrona e Neyde Veneziano ou o maestro João Maurício Galindo. Além das récitas, no sábado haverá também uma mesa-redonda, às 19 horas, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, com o tema Paródia, Opereta e Cia. Serviço Orfeu no Inferno, a Paródia. Teatro São Pedro (636 lug.). R. Barra Funda, 171, 3667-0499. Hoje, 6.ª e 3.ª, 20h30; dom., 17h. R$ 30. Até 13/11

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