O Último Rei da Escócia traz o retrato detalhado de um ditador

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Por Ubiratan Brasil
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Quando foi receber o Oscar de melhor ator por sua atuação em O Último Rei da Escócia, Forest Whitaker fez referências aos seus ancestrais. ''Interpretar é manter forte conexão com as outras pessoas'', disse, garantindo, de uma forma mística, ter sentido a respiração de seus ancestrais, eletrizando todo seu corpo. ''Eram meus parentes conversando comigo, me apoiando. Jamais caminhei sozinho, me apóio em ombros que me sustentam, que me inspiram.'' O fato é que ele realmente incorpora o papel do ditador Idi Amin, homem responsável pela morte violenta de centenas de pessoas enquanto governou Uganda. É o que se pode observar no filme que o Telecine Premium exibe às 23h45 - Whitaker controla os excessos e compõe o retrato complexo de um homem também diferenciado, desde os momentos de bom humor e uma certa generosidade até o governante implacável e cruel. ''Meu ponto de partida foi descobrir que Idi Amin foi um garoto que brincava com seus irmãos como qualquer criança'', disse o ator. ''Foi uma maneira de contrapor os seus piores momentos, aqueles em que sacrificou a vida de tantas pessoas. Não pretendi humanizá-lo, apenas descobrir suas diversas faces.''

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