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O popular erudito de Nazareth

Pianista Marcelo Bratke interpreta clássicos do compositor

Por Lucas Nobile
Atualização:

O compositor carioca Ernesto Nazareth (1863-1934) bebeu na fonte de influências europeias, principalmente as francesas, para, depois de moldar sua formação clássica, incorporar aspectos brasileiros, como elementos percussivos e divisões rítmicas sincopadas. Essa fusão permitiu que ele se tornasse um dos maiores inovadores do repertório nacional. A obra, extremamente popular, volta a estreitar os laços com o erudito. Ao lado dos jovens integrantes da Camerata Vale Música, o pianista Marcelo Bratke apresenta o show Nazareth - Brasileirinho, de hoje a domingo, no Auditório Ibirapuera. Na segunda década do século 20, as pessoas iam ao Cine Odeon, no Rio de Janeiro, não apenas para assistir aos filmes, mas também para ouvir Nazareth na sala de espera, acompanhado de diversas formações instrumentais. Uma delas foi recriada para os shows deste fim de semana, com piano, flauta, violino, clarineta e um duo de percussão. Com essa estrutura - partituras originais para piano-solo e uma orquestração moderna e atual -, Bratke e os garotos, que têm entre 19 e 21 anos, interpretam clássicos como Odeon, Brejeiro, Apanhei-te Cavaquinho e Ameno Resedá. "Eu me dedico à obra do Nazareth há tempos. Vamos fazer uma releitura contemporânea e levar a sala do Cine Odeon para o palco do Auditório Ibirapuera", diz Marcelo Bratke. Serviço Marcelo Bratke & Camerata Vale Música. Auditório Ibirapuera (800 lug.). Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.º, portão 2 do Parque do Ibirapuera, 3629-1075. Hoje e amanhã, 21 h; dom., 19 h. R$ 30

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