O Mala: mais que simples piadas, uma trama cômica

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Por Redação
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Ator e diretor, Isser Korik há muito vem perseguindo um modo contemporâneo de levar aos palcos comédias de situação. ''''São aquelas em que o humor brota não apenas de piadas, gags ou jogos de palavras, mas da trama. É a história que surpreende o espectador pelas situações cômicas em que os personagens se enredam.'''' Essa é a linha de criação da comédia O Mala, que tem texto do norte-americano Larry Shue (1946-1985) traduzido por Isser Korik, também diretor do espetáculo que estreou ontem, para convidados, no Teatro Folha. A estréia seria no dia 4, mas foi adiada devido à morte trágica do ator Olayr Coan, em um acidente de automóvel no dia 31. ''''Ensaiamos dois meses, a morte dele foi um baque para todos, mas provocou união e o compromisso, com ele, de levar a comédia à cena. Eduardo Leão assumiu e a temporada é dedicada a Olayr'''', diz Isser. A trama transcorre durante a festa de aniversário do arquiteto vivido por Otávio Martins. Pouco antes, ele recebera o telefonema de um sujeito que mal conhece, mas que salvou sua vida na Guerra do Golfo, e o convidou para a noitada. Mas o tal sujeito, vivido por José Rubens Chachá, vai ser revelar o tal mala do título. Bastaria essa dupla para garantir boas interpretações, mas o espetáculo conta ainda com outros cinco atores. Isser avisa que embora o cenário seja realista, as interpretações ganham uma outra linguagem, na linha do cômico popular, pesquisa por ele iniciada com o mestre e parceiro de muitos trabalhos, o dramaturgo Carlos Alberto Sofredini (1939-2001).

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