O jogo da vida em movimentos que exigem acrobacia

A companhia Sopro traz de volta ao palco Jogado, peça de seu repertório

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Por Livia Deodato
Atualização:

Paciência no trânsito, tolerância com um mau atendimento, disputa por uma garota, um salário maior, qualquer reconhecimento. Cenas do cotidiano que ilustram o que Roberto Amorim apelidou de ?jogo da vida?, brincadeira levada à sério em busca da sobrevivência em um mundo tão divertido quanto hostil. O diretor da Sopro Cia. de Dança, ao lado de Tatiana Portella, decidiu reinventar os movimentos imaginários das mais diversas modalidades esportivas em Jogado, espetáculo montado pela primeira vez em 2001, que paralelamente revisita as três principais fases da vida do ser humano - infância, adolescência e maturidade. "Quis mostrar as várias jogadas aplicadas a nós e todas as outras que aplicamos em alguém. O mundo retratado como um campo, uma quadra, onde enquanto respirarmos estaremos jogando", diz Amorim. A cronologia tem início com o pega-pega, segue com o futebol e seus interesses particulares e continua com o xadrez, jogo que requer o "saber aguardar". Tudo isso em meio a movimentos acrobáticos e trilha sonora percussiva, composta por Caíto Marcondes, Guen e Zaka e Dire Straits, entre outros. O próximo trabalho do grupo, Senha, previsto para estrear em abril, vai esmiuçar outra particularidade condizente ao mundo contemporâneo: a infinidade de números que já substituíram a identidade pessoal. Serviço Jogado. Teatro Sesc Anchieta (320 lug.). Rua Dr. Vila Nova, 245, 3234-3000. 5.ª, 21h. R$ 5 a R$ 20. Até 19/2

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