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Na Mostra, Preste Atenção ...

Por Maria Hirszman
Atualização:

...nas três caixas realizadas por Duchamp com reproduções de suas anotações e trabalhos, como se fossem pequenos museus, que questionam e ao mesmo tempo reafirmam e desmistificam noções como a de autoria e de obra única. A primeira é conhecida como Caixa de 1914. A segunda, de 1936, é conhecida como Caixa Verde e contém facsimiles das notas e fotos relativas à obra La Mariée mise à nu... A obsessão é tanta que ele chega a contratar seu porteiro em Paris para rasgar as réplicas exatamente da mesma maneira em que estavam os originais. Por último vem a célebre Caixa Branca, de 1967, na qual copia o restante de suas notas e que possui uma versão luxo (presenteada a amigos e que incluíam obras originais, além de reproduções e miniaturas) e uma normal. Há uma de cada tipo na exposição. ...na réplica de Mariée mise a nu... - O Grande Vidro, na qual recria de maneira extremamente cifrada e com forte influência dadaísta uma história de amor fracassado e de forte teor erótico entre uma noiva (representada pelas nuvens) e nove celibatários, que tentam atingi-la sem êxito. Uma das curiosidades da obra é a utilização de elementos estranhos como canhões de brinquedo para determinar o lugar das perfurações no vidro, além de pigmentos heterodoxos como a poeira, o chumbo e o óleo.

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