Na madrugada

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Por Adriana Carranca
Atualização:

O Teatro Municipal foi um dos locais mais procurados. O público esperou até 3 horas na fila para conseguir um lugar entre as 1.250 cadeiras. A estudante Talita Carvalho, de 20 anos, chegou com dez amigos às 19 h. A turma queria ver o show de Egberto Gismonti, que subiu ao palco às 21 h. Não conseguiu: 40 minutos após a abertura das portas, o teatro lotou e muita gente ficou do lado de fora. "Agora, vou esperar para ver o Tom Zé", disse Talita. O show de Tom Zé começou à meia-noite. O samba de roda do Planeta Frutas, lanchonete simplória no Vale do Anhangabaú, estava tão animado quanto os palcos da virada. Na 24 de Maio, o cantor Sandoval Junior reunia curiosos num animado forró, com microfone e caixas acústicas improvisadas em seu carro. E muito visitante virou celebridade na instalação interativa do artista plástico Rogério Bonovik - as imagens eram projetadas no paredão do Shopping Light. A expectativa da Prefeitura era de receber 300 mil turistas de fora de São Paulo para a Virada e chegar à renda de R$ 100 milhões. Os números oficiais serão divulgados hoje. "Já tenho vendido São Paulo para viagens de fim de semana, em que as pessoas unem visitas a museus, espetáculos e compras", diz a agente de viagens Egle Carneiro, do Paraná, que veio para a Virada pela primeira vez, a convite da Prefeitura. "Acho que será possível vender muito bem a Virada Cultural." Muitos estrangeiros, em visita a São Paulo, aproveitaram para ver a Virada. O engenheiro Jean Pierre, que está no Brasil a negócios, ficou surpreso com a beleza do centro. "Se não estivesse tão malcuidado, dava até para se imaginar em uma rua de Paris", disse, olhando para os prédios antigos do Vale do Anhangabaú. A Virada Cultural de São Paulo foi inspirada na Nuit Blanch, evento similar realizado todos os anos em Paris. "É uma festa muito bonita, tanto lá quanto aqui. E importante para o turismo local", disse o cônsul da França no Brasil, Jean-Marc Gravier, que acompanhava o prefeito Gilberto Kassab.

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