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Museu no Rio programa exposição e shows

Por Roberta Pennafort
Atualização:

HOMENAGENS: Proporcional às medidas de sua homenageada, o Museu Carmen Miranda ocupa uma pequena área, no bairro do Flamengo, que ficou acanhada para o volume de celebrações do centenário. Um palco foi montado na parte externa e abrigará, de amanhã a domingo, eventos como o lançamento de uma moeda comemorativa, palestras e shows. Carminha Miranda, sobrinha que chegou a viver com Carmen e a família nos EUA, abrirá amanhã à noite o Ano Carmen Miranda . Ela falará sobre a tia junto com o jornalista e escritor Ruy Castro, seu biógrafo. Na ocasião, será aberta a exposição Carmen Miranda - Notável para Sempre. Uma escultura no tamanho de Carmen foi criada pelo artista plástico Ulysses Rabelo e aparecerá vestida com uma réplica de um figurino usado no filme Uma Noite no Rio, de 1941. As feições foram reproduzidas com exatidão, a partir de sua máscara mortuária. Durante a semana, está programada a exibição diária de duas produções estreladas por ela. Autor de Carmen - Uma biografia, de 2005, Ruy Castro participará ativamente das celebrações: irá ao museu todos os dias, para um debate, um talk-show e palestras. Os shows serão variados: amanhã, a escola de samba Império Serrano lembrará sambas-enredo que tiveram Carmen como tema. Outros convidados cantarão seu repertório. Quem for à exposição verá parte de seu fantástico guarda-roupa. Suas roupas foram doadas pela irmã Aurora e o viúvo, Dave Sebastian, um ano depois de sua morte. O museu tem 3.560 itens que pertenceram a ela, sendo 461 peças de indumentária. Trinta por centro desse total passou por restauração cuidadosa. O processo pode levar de três a seis meses, já que Carmen nunca saía de casa simplesinha. Um traje completo incluía um sem-número de acessórios, além da roupa em si, o que somavam, em média, 16 partes. O museu tem ainda uma coleção de fotografias, programas de shows, cartazes, panfletos e até contratos assinados por Carmen. É o único no mundo com acervo que pertenceu a ela: em Marco de Canaveses, cidade portuguesa onde nasceu e da qual partiu bebê, existe um "irmão pobre", só com textos e imagens, mas sem objetos. Um tanto mal localizado, o museu foi criado em 76, graças à pressão popular de seus fãs. Hoje, tem visitação pífia: entre 5 e 6 mil pessoas por ano, sendo muitos estrangeiros (os americanos aparecem em primeiro lugar na lista). O rádio, que revelou a cantora, não ficará de fora: a Roquette Pinto programou homenagens em forma de noticiário e blocos musicais com as canções eternizadas por ela.

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