Mostra reúne obras do jovem artista suíço Augustin Rebetez

A instalação ‘Estremecer Auroras’ integra música animação, pintura e escultura, em cartaz no Sesc Consolação

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Por Redação
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Objetos, esculturas, pinturas “amontoadas” na sala expositiva. Chamar a mostra Estremecer Auroras, do jovem artista suíço Augustin Rebetez, em cartaz até 27 de julho, no Sesc Consolação, de “desordem” não é uma ofensa. É o próprio artista quem define a sua exposição desta forma. “Meu objetivo é fazer exposições que sejam generosas, que façam você querer fazer coisas positivas e cheias de energia. Mas elas não são a Disneylândia”, ele disse para a curadora, Adelina von Furstenberg. 

O texto, inclusive, abre a mostra. “Esta exposição é um convite para a desordem, para a criação, para a mistura de ideias, para a combinação de sonhos.” Nas obras, Rebetez constrói um mundo próprio. Figuras humanas, florestas, animais. Tudo parece se misturar. Há quem descreva seus cenários como mágicos. A curadora, Adelina, concorda em partes. “Se ser capaz de elaborar uma representação pictórica imaginativa ou ser capaz de criar uma relação forte entre o individual e coletivo é mágico e fantástico, sim, eu concordo”, ela diz. “Os visitantes são encantados por seu trabalho e, quando saem da exposição, na maioria das vezes carregam esta sensação por um tempo.”

Acaso. Artista usa diferentes mídias para criar mundos Foto: AUGUSTIN REBETEZ

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O que chama a atenção, também, é a variedade de materiais, apesar de um grande destaque para a madeira. “Meu trabalho começa nos lixões e acaba nos museus”, diz ainda o seu texto introdutório. “Tento contaminar e transmitir minha cólera e meu engajamento, mas também pretendo entremeá-los delicadamente com vislumbres de esperança. Misturar, estremecer, perturbar e eviscerar a aurora. É um apelo ao acaso por meio da arte.”

Para Adelia, a exposição de Rebetez não consiste em várias obras, mas sim uma única instalação que engloba todas elas. “Ele é um dos artistas que trabalham com muitas mídias e formas de arte para expressar suas ideias. Ele está confortável com todas elas”, acredita. “Suas exposições são sempre uma construção narrativa e visual, uma instalação heterogênea que integra música, animação, pintura, escultura, performance, teatro e mais. É uma experiência.”

Aos 32 anos, o artista já expôs na China, Rússia, Líbano, Japão e Austrália. Em São Paulo, a mostra também contou com uma obra especialmente produzida aqui.

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