A jornalista Camila Medeiros Molina, de 38 anos, morreu na noite de anteontem, em São Paulo. Ela estava internada desde quarta-feira no Hospital Sírio Libanês, onde fazia tratamento para câncer de mama, doença diagnosticada em 2013.
No Estado desde 2001, a jornalista dedicou sua carreira a escrever sobre artes visuais, imprimindo uma marca própria aos textos que publicou nos 18 anos em que esteve no Caderno 2.
Camila levava a sério a tarefa de traduzir em palavras para o leitor o trabalho e as ideias dos artistas que entrevistava, de revelar mundos a partir das obras que observava. Em 2015, produziu uma reportagem especial, com texto e fotos, sobre vida e obra da mexicana Frida Kahlo.
Camila tornou-se um nome respeitado no meio das artes plásticas. Mas entendia também de cinema, de literatura, de teatro e de música.
Com seu lado meticuloso de uma boa mineira, podia escrever com facilidade sobre um quadro de Van Gogh, uma escultura de Giacometti ou um projeto de Niemeyer.
O corpo de Camila foi transferido para Guaxupé, em Minas Gerais, onde ela nasceu. O velório e o enterro aconteceram ontem. / ELIANA SILVA DE SOUZA E JOÃO LUIZ SAMPAIO