Milton Glaser, cuja criação do logo “I Love NY”, bem como de centenas de outros projetos, ajudou a torná-lo um dos designers gráficos mais influentes de sua geração, morreu na sexta, 26, mesmo dia de seu aniversário de 91 anos. A causa foram complicações de um derrame, disse seu gerente de estúdio, Ignacio Serrano.
Em uma carreira de seis décadas, Glaser emprestou seu talento a livros, periódicos e pôsteres bem como a filmes, interiores de restaurantes e obras de arte públicas. Com o editor Clay Felker, ele cofundou a revista New York em 1968 e passou a projetar centenas de edições que “estabeleceram o formato para a agora onipresente revista da cidade”, disse Michael Bierut, designer gráfico de Nova York.
Nascido em Nova York, em 1929, Glaser teve sua fama baseada principalmente no logo “I Love NY”, que foi adaptado ao redor do mundo. “As pessoas em todos os lugares estavam ansiosas para dizer ‘eu amo algo’, disse Glaser em uma entrevista de 2019.
Com uma voz profunda, elocução precisa e extraordinários poderes de descrição, Glaser serviu como porta-voz de fato de sua profissão. Ele foi o único designer gráfico a receber a Medalha Nacional das Artes, concedida a ele pelo presidente Barack Obama em 2010. "Numa época em que designers europeus, especialmente na Suíça, definiam os termos do design de vanguarda, Milton Glaser ajudou a lançar um ethos alternativo enraizado na cultura pop e na contracultura americana”, afirmou Ellen Lupton, curadora sênior de design contemporâneo do Cooper Hewitt, Smithsonian Design Museum. “Sua filosofia de design mais pessoal, narrativa e permissiva se tornou um fenômeno mundial.” Os primeiros trabalhos mais importantes de Glaser ocorreram em 1966, quando a Columbia Records o contratou para criar um pôster para o LP Bob Dylan's Greatest Hits. Ele criou uma silhueta de Dylan com uma juba de madeixas retorcidas e coloridas. Mais de 6 milhões de cópias foram impressas, tornando o pôster um artefato de assinatura da "era psicodélica". Mais tarde, Glaser desenhou pôsteres para artistas como Mick Jagger, Aretha Franklin e Jerry Garcia.