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Mercado de HQs mistura euforia com apreensão

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Por Ubiratan Brasil
Atualização:

O mercado de HQs no Brasil vive um momento singular. De um lado, a euforia pelo crescimento na quantidade de lançamentos e pelo interesse de mais editoras em lançar obras do gênero. Do outro, o consumo ainda estagnado e, pior, a ameaça de fechamento de algumas editoras tradicionais na produção de quadrinhos. "Os livros em HQ representam a última fronteira a ser explorada pelo mercado editorial", comenta S. Lobo, dono do próprio selo, Barba Negra. "Ainda há muito o que ser feito." Ele observa um interesse maior de grandes editoras em se aventurar pelo universo das HQs. "A Companhia das Letras, por exemplo, deve impulsionar sua Companhia dos Quadrinhos, o que pode impulsionar o mercado." O motivo é a boa safra de criadores nacionais, nomes como André Kitagawa, Fabio Lyra, Rafael Coutinho, DW, além de Rafael Grampá e os gêmeos Gabriel Bá e Fabio Moon, todos baseando seus trabalhos nas experimentações gráficas e em tramas bem fundamentadas. O interesse é manifestado também por outras editoras. A Ediouro estudou a possibilidade de comprar a Conrad, que estabeleceu o respeito por livros em quadrinhos, lançando grandes títulos. Problemas financeiros, no entanto, comprometem sua produção - não houve praticamente nenhum lançamento nos últimos quatro meses.

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