McQueen e Peckinpah, primeiro encontro da dupla foi litigioso

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Por Luiz Carlos Merten
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Em 1965, Sam Peckinpah já fizera a obra-prima Pistoleiros do Entardecer, mas aquele ano foi complicado para o diretor. Ele foi despedido do set de A Mesa do Diabo e conseguiu concluir Juramento de Vingança, mas o filme foi remontado pelos produtores e, apesar do apoio do astro Charlton Heston, estreou na versão renegada pelo autor. A Mesa do Diabo passa hoje às 23h25 no TCM. No original, chama-se The Cincinnatti Kid e o ?garoto? é Steve McQueen, na pele de um jogador de pôquer atraído a New Orleans para disputar com os tubarões do pano verde. Peckinpah pretendia seguir a vertente aberta por Robert Rossen no cultuado Desafio à Corrupção, com Paul Newman. O produtor Martin Ransohoff queria mais romance. O choque foi inevitável, Norman Jewison substituiu Peckinpah. Até hoje é impossível saber quanto Peckinpah dirigiu das cenas de jogo. São as melhores de A Mesa do Diabo. Não apenas McQueen, mas Edward G. Robinson, Joan Blondell e Karl Malden marcam presença. A jovem Ann-Margret é linda, mas a história de amor compõe a parte fraca da trama. O resultado é bom. Poderia ser melhor, como Dez Segundos de Perigo e Os Implacáveis, que Peckinpah e McQueen fizeram mais tarde.

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