Longe do azulejo

Cansado da monotonia quadriculada da piscina? Na maratona aquática, você nada ao ar livre, com vista para a paisagem

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O fenômeno das maratonas não ocorre apenas nas ruas e avenidas da cidade. Hoje, lagos, represas e praias próximas também são ?pistas? para o esporte. Para quem não se satisfaz só com a piscina, a maratona aquática propicia um estímulo adicional: o contato com a natureza. As provas acontecem em águas abertas, menos previsíveis, que transformam pernadas e braçadas em um desafio. "Nadar na piscina é fácil: não há correnteza e a maioria é aquecida", diz o professor de educação física Marcelo Lopes, décimo brasileiro a atravessar o Canal da Mancha. Mas competir em represas e praias exige do nadador senso de orientação e muita persistência. Embora o trajeto seja identificado com boias, é preciso ficar atento para seguir a direção certa. "Muitas vezes, a pessoa precisa se sustentar na água para se orientar", explica Érika Sainen. É claro que, pela distância, não dá para treinar sempre no mar e nas represas. Por isso, você vai encarar o azulejo azul da piscina na maioria das vezes. Assim, as viagens para competições passam a ser, ao mesmo tempo, prova e recompensa. "Conheci lugares deslumbrantes", diz Luciano Finotti, participante do Campeonato Paulista de Maratona Aquática. Preparar-se para a primeira prova não é difícil. "Basta treinar pelo menos três vezes por semana, uma hora por dia, com orientação específica para a modalidade", explica Lopes. Dá para começar com provas curtas (até 1,5km), evoluir para as médias (até 3,5km) e, então, chegar às longas (até 15km). Além dos benefícios físicos, os ganhos psicológicos também compensam, garante o professor. "Chegar ao fim da prova, lutando contra as adversidades da natureza, é uma grande motivação. Você se sente capaz de tudo."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.