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Lily Allen despeja raiva sobre plateia

Cantora inglesa dá entrevista ao ?Estado? e fala sobre desabafos do novo disco e o show no Brasil, no dia 16, no Via Funchal

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

Desde 2007, quando estourou com o disco Alright, Still, a inglesinha Lily Allen, hoje com 24 anos, se tornou a porta-voz universal das garotas de boca suja. Fala palavrão a rodo, achincalha os garotos que marcam bobeira e faz músicas que expressam algum tipo de inconformismo juvenil, e que se tornam sucessos inapeláveis, como a recente Fuck You, do novo disco It?s Not Me, It?s You. "Esse disco expressa minha raiva a respeito de política, namorados, amigos, sociedade", explica Lily Allen, falando ao Estado por telefone, no início da tarde de ontem. Ela já veio ao Brasil, em 2007, para o festival Planeta Terra, e retorna agora com o novo e bem-sucedido álbum, It?s Not Me, It?s You. Canta no dia 16 no Via Funchal, 4 dias após se apresentar no festival da Ilha de Wight, na Inglaterra; no dia seguinte, ocupa o palco do HSBC Arena, no Rio de Janeiro. No novo disco, base de sua turnê, Lily espinafra meio mundo - do pai ausente, em He Wasn?t There, a Not Fair, a respeito de um amante incompetente, e Everyone?s at It, sobre prescrição de medicamentos. It?s Not Me, It?s You já é um dos maiores sucessos da temporada no Reino Unido. Foi feito por Lily em parceria com Greg Kurstin (da dupla pop the bird and the bee). "Greg é como um irmão mais velho. Nós nos comunicamos com muita facilidade. Musicalmente, é como se fosse minha alma gêmea", explica a cantora, que já teve a produção de Kurstin em três músicas do disco de estreia. Lily deu uma bela gargalhada ao ser indagada se sua canção The Fear não parece algo digno do repertório da Madonna. "O lado instrumental não é particularmente parecido. Mas eu gosto do jeito que ela faz música. Ela é de fato muito esperta, sabe como construir suas teses musicalmente", afirmou. Quanto ao próprio lugar que Lily Allen ocupa no mundo da música pop, ela diz que não é ambiciosa. "Não me dou tanta importância. Não preciso desse tipo de afirmação. Só quero fazer boas músicas e me divertir tocando para gente que goste delas." Ela diz que não se lembra de muita coisa particularmente da última passagem pelo Brasil. "Sei que a galera era muito bacana, mas estava muito doida." Ela tomava uísque Jägermeister da boca da garrafa e fumava sem parar, andando descalça pelo palco. Segundo Lily, nenhuma das músicas em que espinafra ex-namorados se destina àquele que ela estava namorando na época em que esteve em São Paulo, Ed Simons, da dupla Chemical Brothers. "Decididamente, não é nada para ele." Segundo Lily, a banda com que vem ao Brasil desta vez não terá seção de metais e é bastante diferente da que veio da última vez. O show, diz ela, também não terá o mesmo formato. "Vou tocar em casa fechada, pelo que sei, então será algo mais compacto, mais focado no disco novo." Ainda assim, promete, os fãs não vão deixar de ouvir LDN e Smile, os dois grandes sucessos do disco passado. Em um show no sábado passado, no 5º Festival, na Inglaterra, a cantora encaixou algumas covers no seu repertório, como Oh My God, dos Kaiser Chiefs, além de Womanizer, de Britney Spears. E dedicou seu novo megahit, Fuck You, a "todos aqueles que me sacanearam". As canções novas passam do jazz à country music, mas sempre com aquele condimento blasé de Lily, como se ela não ligasse a mínima para o suporte musical de suas letras. O Multishow grava o show da cantora pop britânica Lily Allen, em São Paulo, no dia 16, para exibir com exclusividade no dia 28 seguinte, às 23 horas. Serviço Lily Allen. Via Funchal. R. Funchal, 65. Dia 16/9, 22 h. Ingressos: 2198-7718 e www.viafunchal.com.br - R$ 150 a R$ 280

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