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Instituto Volpi catalogou 2.400 obras e tem 700 outras na fila

Mastrobuono, diretor da da instituição, vai assinar convênio com Instituto de Física para fazer testes químicos nas telas; confira

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Por Antonio Gonçalves Filho
Atualização:

O Instituto Volpi tem quase 2.400 obras catalogadas. Além delas, algo entre 700 e 800 telas, consideradas autênticas, aguardam para entrar no catálogo. Por causa das falsificações que inundaram o mercado tempos atrás, o presidente do instituto, Marco Antonio Mastrobuono, procurou o Instituto de Física da USP para assinar um convênio que permitirá a análise dos pigmentos e emulsões usadas por Volpi. “Até hoje chegam ao instituto telas de qualidade muito ruim, mas temos dificuldades legais para atestar que são falsas, pois a legislação brasileira obriga quem denuncia a falsificação a provar”, argumenta Mastrobuono, comparando as leis brasileiras com as de países europeus, onde o juiz manda destruir obras consideradas falsas. “Aqui, elas continuam circulando”, diz, citando a enxurrada de têmperas sobre papel submetidas à apreciação do instituto depois que uma delas teve sua venda embargada.

“Elas já vinham sem o timbre, cortados na guilhotina”, ironiza, garantindo que Volpi não usava papel timbrado e, de 1978 em diante, suspendeu a produção de trabalhos pequenos (os de números 1 e 2) por problemas de visão - e essas composições em papel são todas posteriores. Há casos ainda mais graves, de quadros idênticos que pertencem a diferentes colecionadores. Teria Volpi produzido o mesma tema em diferentes dimensões? Pode ser, admite Mastrobuono. “É por isso que a análise química ajuda a atestar sua autenticidade”. 

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