Inconformidade

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Por Redação
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A matéria do ''New York Times'' era sobre os casamentos gays e o estranho fato de terem sido proibidos na Califórnia, um dos estados mais ''liberais'' do país, e aprovados em Iowa, um daqueles típicos estados do meio-oeste americano que não são quadrados apenas no mapa. A matéria também mencionava a posição indefinida do Barack Obama com relação aos gays e as queixas da comunidade pela ausência de gays na sua administração. E citava a observação bem humorada de um dos seus membros: - Se Obama tivesse mais assessores gays a Michelle não teria usado aquele vestido na recepção da rainha. Na verdade, não são só os gays que se sentem sub-representados no governo do Baraca. ''Progressistas'' também se queixam das flutuações do presidente, que ora escolhe uma equipe para remediar a crise econômica liderada pelo Lawrence Summers, um dos responsáveis pela doença, ora propõe um orçamento mais social nas suas prioridades do que qualquer outro desde o da ''guerra à pobreza'' de Lyndon Johnson. O Obama da campanha presidencial aparece e desaparece, confirmando ou frustrando as promessas de mudança. A retórica anti-guerra foi desmoralizada com a manutenção do secretário de Defesa do Bush e a ausência de qualquer quebra dramática com a política anterior. Já os gestos de aproximação com o Irã, o mundo islâmico e Cuba contrastam claramente com o legado Bush. Quem, ou o que, é o verdadeiro Obama? Claro que não é fácil. Agora mesmo, a simples escolha de um cachorro para as suas filhas está criando controvérsias para o Baraca. Alguns acham que para ser fiel à sua imagem ele deveria ter escolhido um cachorro abandonado, de preferência sem pedigree. A escolha de um criado e com linhagem, por mais simpático que seja, é vista como elitista. Se entendi bem, a origem do novo primeiro cachorro é portuguesa. Aguardam-se manifestações de inconformidade de pastores alemães, chiuauas mexicanos... Dizem que perguntaram ao Obama se ele era de esquerda, de direita ou de centro e ele respondeu ''Sou''. EXEMPLO O homem destacado para defender o Congresso das acusações de desperdício do dinheiro público com, entre outras coisas, a quantidade de diretores existentes no Senado se saiu bem. Enfatizou que, numa época em que o desemprego rondava os lares brasileiros, o Congresso dava o exemplo, empregando cada vez mais gente. Se todos fizessem como o Congresso, a crise não atingiria o Brasil. No fim perguntaram quem era o homem, afinal e ele se identificou: Diretor de Enrolação.

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