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Homenagem à fotografia poética de Walter Firmo

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Por Redação
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O fotógrafo Walter Firmo é o "poeta retratista" pela galeria de retratos que realizou de célebres - Pixinguinha, de pijama, numa cadeira de balanço, retratado em 1968, Clementina de Jesus, Cartola - ou anônimos ao longo de uma trajetória de mais de 50 anos. "Fotografo um Brasil desempenhando mil personagens em um", já afirmou o fotógrafo, que agora é homenageado com mostra no Museu Afro Brasil e com o lançamento do livro Brasil - Imagens da Terra e do Povo (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/ Museu Afro Brasil, 340 págs., R$ 180, org. Emanoel Araújo), que reúne mais de 260 de suas obras. Veja galeria de fotos das mostras A exposição no museu é formada por uma seleção de 67 fotografias realizadas entre a década de 1960 e 2008 pelo carioca Firmo, nascido em 1937 e que iniciou sua carreira no jornalismo, em 1957, na Última Hora. Os retratos em preto-e-branco são o maior corpo da mostra, mas há também uma parede dedicada a obras coloridas e outra dedicada a uma série de auto-retratos do consagrado fotógrafo. Personalidades da música retratadas no Rio ganham destaque, como a foto que exibe os compositores Nelson Cavaquinho e Cartola no carnaval de 1963, os retratos de Ismael Silva de terno branco caminhando, de Ataulfo Alves cantando e até Bob Marley jogando futebol na cidade carioca em 1986. Só que é claro que a mostra inclui tantas outras belezas - negras ou não - em imagens feitas por outras cidades do Brasil e misturando pessoas conhecidas e comuns, como na rara fotografia de Madame Satã, da atriz e modelo Marina Montini, um cidadão com chapéu em que estão os dizeres "Ontem, Hoje, Sempre Brasil" flagrado no Dia da Independência em 1973, em plena ditadura militar, nus femininos ou um pai com o filho nas costas na Festa de São Sebastião. Serviço Brasil - Terra de Contrastes - Walter Firmo em preto-e-branco Museu Afro Brasil. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.º, 5579- 0593. 3.ª a dom., das 10 h às 17 h. Grátis. Abertura hoje, 18 h

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